Federais são as melhores na primeira fase da OAB

Só uma (a FGV-SP) das 10 com melhor desempenho não é federal

Participaram 105.315 bacharéis em direito de todo o Brasil; os números da 2ª fase não foram divulgados

Das dez instituições de ensino superior que conseguiram os maiores índices de aprovação no exame nacional unificado da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), nove são federais.

A exceção é uma escola particular paulista: a Escola de Direito de São Paulo, da FGV (Fundação Getulio Vargas), que teve o segundo melhor índice de aprovação – de seus 27 estudantes no exame, só 1 foi reprovado.

No Estado de São Paulo, a relação das dez com melhores índices de aprovação inclui as tradicionais USP, Unesp, PUC, Mackenzie.

Os números obtidos pela Folha referem-se à primeira fase do exame, da qual participaram 105.315 bacharéis de todo o Brasil.

Dessa lista foram excluídas as instituições representadas no exame por menos de cinco candidatos.
Os números relativos à segunda fase ainda não foram divulgados. Pelos dados preliminares, haverá uma reprovação recorde de 88% nas duas etapas, segundo a OAB.

Das 898 escolas relacionadas, a com melhor índice de aproveitamento foi a Universidade Federal do Espírito Santo, com 97%.

Das 90 pessoas que declaram ter se formado nessa instituição, apenas 3 delas não conseguiram média suficiente (50% de acertos) para prosseguir no exame.

A lista tem ainda três federais de MG e uma de PE, CE, RN, RS e BA. Todas essas conseguiram aprovação acima de 90%.

ATRASO
A divulgação do resultado final desse exame sofreu ontem um novo atraso.

Agora, o problema ocorreu na disponibilização do “espelho individual”, que deveria ter ocorrido na manhã de ontem, mas aconteceu no final da tarde. Com isso, foi estendido para segunda-feira o prazo para contestações.

Esse espelho traz as respostas assinaladas pelo candidato e qual foi a nota recebida em cada uma delas.

A disponibilização desse espelho, segundo o coordenador do exame Walter Agra, não era prevista, mas o Conselho Federal da OAB considerou melhor fazê-lo para não haver nenhuma dúvida sobre as notas.

Anteontem, o presidente da Ordem, Ophir Cavalcante, determinou a revisão das notas após surgir uma série de reclamações sobre falhas na contagem de pontos.

Ontem, a FGV, responsável pela realização, aplicação e correção das provas, informou que nenhum candidato foi reprovado com base nos espelhos errados. Com isso, foi mantido o número de 12.614 aprovados.