Fim do ensino gratuito seria o fim das universidades públicas

 A deputada Manuela D’Ávila contestou a proposta do Banco Mundial de por fim ao ensino gratuito nas universidades públicas e a cobrança de mensalidade aos estudantes de alta renda. A deputada afirmou que a medida seria, na prática, o fechamento das universidades públicas e uma das consequências seria a redução de maior parte da pesquisa no Brasil.

 Manuela D’Ávila se manifestou, através de vídeo postado em sua página no Facebook, sobre o relatório do Banco Mundial que sugeriu medidas para redução dos gastos públicos no Brasil. Uma das medidas propostas é acabar com a gratuidade do ensino superior nas universidades públicas e instituir a cobrança de mensalidade dos alunos que possam pagar. Para a deputada comunista, seria o fim daquelas universidades. Segundo estudo da Andifes (Associação dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), 65% dos alunos das universidades federais são oriundos de famílias cuja renda é até 1,5 salários mínimos. Por outro lado, os alunos que teriam condições de pagar a mensalidade mínima de R$ 2 mil representam apenas 20% do corpo discente das universidades.

Manuela chama atenção ainda que o fechamento das universidades públicas traria grandes dificuldades para a construção de saídas para a grave crise que o Brasil enfrenta. “Já imaginou algum país sair de uma grave econômica que o Brasil vive sem as universidades, sem a produção de conhecimento?, indaga Manuela. A Universidade é central para a construção do nosso projeto de desenvolvimento nacional. Porque, para o Brasil retomar seu crescimento, sua indústria nacional, nós precisamos de conhecimento, de pesquisa, de investimento em pesquisa. E as universidades públicas no Brasil são os espaços que mais produzem pesquisa.