Formação de professores no Brasil

A sanção do Plano Nacional de Educação, no dia 26 de junho, representou um passo importante para a melhoria da educação no Brasil. Mas ainda temos um longo caminho a percorrer para transforma-lo em resultados efetivos nas escolas brasileiras.

O plano estabelece 20 metas e estratégias para o setor nos próximos dez anos. Quase um quinto dos objetivos tem relação direta com a valorização dos professores, como o levantamento de demanda por formação continuada, a instituição de planos de carreira e o compromisso com o desenvolvimento dos docentes de acordo com as suas necessidades.

A inclusão de metas relacionadas à formação não poderia ser mais acertada, uma vez que diversos estudos revelam que essa é a alavanca mais acionável (ou seja, mais “modificável” pela ação de políticas públicas) para a melhoria da educação brasileira no curto e médio prazos.

No entanto, é preciso enfatizar que a expansão das iniciativas de formação continuada nos moldes em que são hoje oferecidas terá pouco impacto na melhoria do ensino, uma vez que a maioria dos programas não está alinhada com as necessidades de desenvolvimento dos profissionais de educação e tem pouca eficácia quando se trata de melhorar as práticas na sala de aula.

De acordo com a Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem, coordenada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores brasileiros têm menos incentivos formais para a formação continuada quando comparados a professores de outros países, além de poucas opções de programas práticos e customizados à realidade do cotidiano escolar. Assim como a instrução inicial nas licenciaturas e faculdades de pedagogia (nas quais 400 horas são destinadas a estágios e atividades teórico-práticas dentro de uma carga horária total de 3.200 horas), os programas de aperfeiçoamento no Brasil priorizam as atividades teóricas em detrimento de uma capacitação que trate das questões do dia a dia na escola.

É o que corrobora o estudo “Formação Continuada de Professores no Brasil”, realizado pelo Instituto Ayrton Senna (IAS) e pela consultoria Boston Consulting Group (BCG), a partir de uma consulta com 2.732 profissionais da educação no Brasil e uma série de entrevistas com especialistas nacionais e internacionais, além de estudos de caso de práticas de sucesso adotadas no Brasil e em redes estrangeiras. De acordo com o estudo, as lacunas em incentivos formais para a formação continuada e a baixa aplicabilidade do conteúdo das ações oferecidas são os principais desafios.

Mais de 70% dos profissionais reportaram que as atividades oferecidas na sua escola/rede são de caráter coletivo e fora da sala de aula, como acesso a material didático, reuniões pedagógicas e participação em eventos. Há poucas atividades customizadas e práticas como a mentoria (menos de 2% relataram receber esse tipo de formação), que se revelam as mais eficazes nas redes que são referência em formação de professores.

A falta de um plano de carreira estruturado, que associe ascensão profissional a desenvolvimento, também foi mencionada como um obstáculo, assim como a escassez de tempo e a alta rotatividade dos docentes nas escolas públicas. A preferência dos governantes por ações de curto prazo e alta visibilidade, como investimento em infraestrutura, também foi citada como um dos principais obstáculos à capacitação e sinaliza a necessidade de monitoramento e cobrança por parte da sociedade para o alcance de uma educação de qualidade.

Com o objetivo de contribuir para a qualificação da educação e auxiliar os gestores na tarefa de traçar melhores políticas e práticas, o IAS e o BCG disponibilizarão gratuitamente o estudo acima referido, que terá o formato de e-book e poderá ser consultado nos portais do IAS.

O leitor poderá se familiarizar com algumas das práticas mais bem-sucedidas ao redor do mundo e estudar possíveis linhas de ação para acelerar os avanços da educação no Brasil. Alinhado com as necessidades do país, o IAS vem trabalhando com os governos e o segundo setor (mercado) para garantir que todas as crianças e adolescentes tenham direito não apenas ao acesso à escola, mas também à conclusão dos estudos na idade certa e à aprendizagem significativa para uma vida plena.

VIVIANE SENNA, 57, é presidente do Instituto Ayrton Senna

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