Fuga de cientistas afeta principais centros de pesquisa

As duas ilhas de excelência científica mais antigas voltadas ao conhecimento da maior floresta tropical do mundo vivem o desafio de se reinventar frente às demandas ambientais do século XXI e à necessidade de levar o resultado das pesquisas para o mercado. O Instituto de Pesquisas da Amazônia (Inpa), em Manaus, e o Museu Paraense Emílio Goeldi, em Belém, guardam acervos centenários úteis ao estudo do uso sustentável da biodiversidade, desafio que ganha relevância diante do papel da floresta para as mudanças climáticas. Mas há um obstáculo para a adequação aos novos tempos: a falta de renovação do quadro de pesquisadores.

“A última geração de cientistas contratados pela instituição completou 60 anos de idade e vai se aposentar”, adverte Estêvão Monteiro de Paula, coordenador de ações estratégicas do Inpa, ao lembrar que a situação não condiz com a complexidade da região amazônica nem com a urgência dos problemas. Apenas um terço do quê o mundo conhece sobre o bioma é resultado da produção científica brasileira, de acordo com dados levantados pela instituição.

Enquanto São Paulo tem 12 mil cientistas doutores, em toda a região Norte há 4 mil, dos quais apenas sete são reconhecidos pela mais alta categoria de avaliação do Ministério da Educação sobre produção intelectual.

“Depois de formados, a maioria dos pesquisadores – mais de 1,9 mil até hoje – migra para outros países e regiões do Brasil com maiores oportunidades”, afirma Cláudio Ruy, coordenador de biodiversidade.

O cenário representa um paradoxo em relação à origem do Inpa, criado há 62 anos como resposta às ameaças de internacionalização da Floresta Amazônica. “Sem conhecê-la, não teremos como usá-la”, explica o pesquisador, para quem “a ciência hoje em dia é um empreendimento, pautada por resultados que possam ser transferidos para a sociedade e aplicados no futuro”.

O Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA, na sigla em inglês), gerenciado pelo Inpa, integra centenas de pesquisadores de diversas instituições do país e do exterior, com objetivo de explicar como as mudanças do clima e do uso da terra afetam o funcionamento biológico, químico e físico da floresta e quais as influências para o regime de chuvas em nível regional e global.

“No entanto, ainda não estamos preparados para a nova demanda mundial da economia de baixo carbono; temos boa estrutura, mas não recursos humanos, e precisamos recuperar o atraso”, enfatiza Ruy.

Destaque recente foi o desenvolvimento de uma nova variedade de tomate, denominada “Yoshimatsu”, com boa adaptação ao cultivo no trópico úmido e alta resistência a uma bactéria que restringia a sua produção na Amazônia. “Grande parte dos alimentos consumidos na região vem de outros lugares do país, sendo necessário recuperar tradições alimentares perdidas ao longo da história”, lamenta o pai do invento, Hiroshi Noda, um dos cientistas mais antigos do Inpa.

No Museu Emilio Goeldi, onde metade dos pesquisadores está apta a se aposentar, coleções científicas centenárias guardam raridades e funcionam como fiéis depositárias da fauna e flora, referência do conhecimento sobre a região, útil na defesa contra biopirataria.

Enquanto o herbário tem 209 mil amostras de plantas, no acervo de invertebrados há 1,8 milhão de exemplares de insetos e outras espécies. “As instituições de pesquisa precisam ser fortalecidas para solucionar passivos ambientais e frear o modelo econômico devastador”, afirma o diretor do museu, Nilson Gabas Júnior.

Fundado em 1865 quando um grupo de intelectuais investiu em espaços culturais para dar “aparato civilizatório” a Belém, o Museu Goeldi ganhou fama e estrutura no apogeu da borracha, mas quase fechou as portas após o produto entrar em decadência.

Ao longo do tempo, recuperou o prestígio. Hoje estuda a “terra preta”, tipo de solo milenar rico em matéria orgânica proveniente do lixo de populações ancestrais, espalhando-se por pelo menos 18 mil km² da Amazônia. Os cientistas reproduziram o material em laboratório, imitando o que faz a natureza, e patentearam o processo com objetivo de aplicá-lo na produção agrícola. “Não é por falta de pesquisa que há deficiência de políticas para o desenvolvimento sustentável”, avalia Ilma Vieira, coordenadora de biodiversidade e uso da terra.

“O acervo científico não mostra apenas a riqueza que há na Amazônia, mas onde ela está”, diz Marlúcia Martins, coordenadora de pesquisa, ao lembrar que o mapeamento das espécies é estratégico para a exploração econômica.

Sergio Adeodato |  Valor Econômico

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