Em greve, servidores da educação reivindicam aumento do piso e reestruturação da carreira

O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão se reúne, nesta segunda-feira (6), com dirigentes da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra ) e o secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público, Sérgio Mendonça. O encontro vai dar início às negociações com os servidores técnico-administrativos das universidades e institutos federais, numa tentativa de encerrar a greve na educação.

Os servidores reivindicam um aumento do piso que passe para três salários mínimos e a criação de um internível de 5% entre os níveis da carreira. Outro ponto da pauta de solicitações dos técnicos é a reestruturação da carreira.

O governo está convencido de que, com o acordo selado com a Federação de Sindicatos de Professores de Instituições Federais de Ensino Superior (Proifes), na sexta-feira (3), os professores vão gradativamente voltar ao trabalho. Segundo nota divulgada pelo Ministério da Educação (MEC), neste domingo (5), a representação sindical é a que expressa “o verdadeiro sentimento dos docentes universitários”.

— Estamos certos de que a maioria dos professores aceitou a proposta apresentada pelo governo — disse o professor Amaro Lins, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação. — Em consulta na base do Proifes mais de 75% da categoria manifestaram-se pela aceitação da proposta, enquanto nas assembleias tradicionais apenas minorias foram consultadas — acrescentou.

Os aumentos propostos pelo governo ao professores de instituições federais de ensino superior em greve variam de 25% a 40%. Além disso, as carreiras foram reduzidas de 17 para 13 níveis, permitindo uma progressão mais rápida dos docentes.

O Proifes representa sete universidades federais e um instituto técnico, que englobam cerca de 20 mil docentes. Em plebiscito eletrônico, realizado com 5.222 profissionais, 74,3% se mostraram favoráveis ao fim da greve. A entidade vai promover, a partir de amanhã (6), assembleias nas bases para decidir se os professores vão retornar às salas de aula.