Grupo da UFRPE registra aplicativos criados na própria universidade

Dentro da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), há um núcleo empenhado em desenvolver aplicativos e deslanchar no segmento de criação de softwares no Nordeste. Apenas nos primeiros meses de 2016, o Sistema para a Elaboração de Materiais Educacionais com o uso de Novas Tecnologias (Semente) criou e patenteou seis aplicativos, a maioria voltada para a educação. O número pode até parecer pequeno, mas já é considerado um avanço para a universidade.

De acordo com o professor Marcelo Mendonça, do Semente, o estado é pioneiro no que diz respeito à iniciativa de patentear aplicações criadas nas universidades. “Pernambuco está entrando num patamar diferenciado. A política de patentear softwares é mais executada nas universidades do Sul e Sudeste, mas queremos mudar esse quadro e terminar em primeiro lugar no ranking nordestino em 2016”, almeja o acadêmico.

Entre os aplicativos desenvolvidos pelo grupo estão jogos da memória e guias gastronômicos e turísticos, como o Garanhuns Treasure Race, uma espécie de jogo em que o usuário conhece os pontos turísticos da cidade. Há também o Museus QR, desenvolvido para fornecer informações sobre artefatos expostos nas instituições do estado.

Através de uma leitura de QR Code pelo celular, o aplicativo direciona o visitante a um banco de dados online com mais dados sobre o que está nos museus. “Os alunos perceberam que existe uma carência grande de informações sobre o que está exposto nos museus. Daí veio a necessidade de criar um aplicativo que desse mais dados sobre os objetos”, explica o professor

Até o ano passado, Mendonça explicou que a publicação era de somente um software por ano, mas, atualmente, a produção mudou. “Temos mais seis softwares a serem lançados e registrados na semana que vem. A produção é espontânea e feita em parceria com alunos, professores e mestrandos”, comenta.

Apesar de serem criados dentro do ambiente acadêmico, o professor explica que, posteriormente, os softwares podem ter finalidade comercial. “O estado já tem uma área de captação forte nesse segmento, por causa do Porto Digital, e essa prática pode ajudar a abrir um mercado de trabalho diferente”, explica.