Grupo de trabalho da Ufes monitora impactos de desastre ambiental no ES

O grupo de trabalho formado por pesquisadores da Ufes para monitorar os impactos ambientais, econômicos e sociais no Espírito Santo do rompimento da barragem de rejeito de minério localizada em Mariana (MG) se reuniu na tarde desta terça-feira, 24, para definir as estratégias de ação dos mais de 70 professores e pesquisadores que fazem parte da equipe.

A reunião contou com a presença do reitor Reinaldo Centoducatte, e foi coordenada pelo pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, Neyval Reis. Os trabalhos foram realizados no auditório do prédio da pós-graduação em Física, no campus de Goiabeiras, e a participação de 50 pessoas no local, além de 23 de outros campi da Ufes, que fizeram suas considerações por meio de videoconferência.

Centoducatte salientou que a Ufes deve trabalhar e colaborar com a sociedade para minimizar os efeitos dessa tragédia. “Devemos utilizar a nossa experiência para fazer uma crítica sobre a forma como essas barragens foram construídas. É inconcebível que uma barragem como essa possa ser construída com cidades e um rio dessa importância no caminho. Agora temos que traçar estratégias de recuperação o mais rápido possível”, afirmou o reitor.

Com o objetivo de apoiar o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) na gestão do problema resultante, o grupo foi dividido em três subgrupos: Monitoramento Ambiental, Social e Comunicação. Os professores da Ufes Alex Bastos, Cristiana Losekann e Luiz Fernando Schettino, são os coordenadores desses sub-grupos, respectivamente.

Segundo Neyval Reis, existem muitas opiniões divergentes sendo veiculadas, mas as informações desse grupo serão eminentemente técnicas. “A ideia do Ministério Público é criar um fundo de recuperação financiado pela empresa e eles querem que nós possamos contribuir com o embasamento técnico que irá dizer quanto isso vai custar e quanto tempo pode demorar”, destacou ele.

Hélio Marchioni – Universidade Federal do Espírito Santo