Haddad: Pnad sinaliza que Brasil atingirá metas

 

O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse nesta quarta-feira que os resultados da Pnad 2009 indicam que o Brasil conseguirá atingir a meta de cobertura escolar estabelecida pelo Congresso, que é de universalizar o atendimento dos 4 aos 17 anos, até 2016. Ele afirmou que esse indicador de quantidade, somado a outro indicador de qualidade – o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2009, também divulgado neste ano -, aponta que o país está no caminho certo.

– Estamos atendendo mais e de maneira mais qualificada. Estamos, pelo menos, na direção certa – disse Haddad.

O ministro admitiu que o combate ao analfabetismo de jovens e adultos exigirá esforços adicionais. Ele sugere que, tão logo sejam divulgados os resultados do Censo de 2010, o que só ocorrerá em 2011, o Ministério da Educação reúna-se com os prefeitos das cidades com maiores índices de analfabetismo para discutir estratégias específicas.

Haddad disse que o Brasil tem como cumprir a meta da Unesco para 2015, que é de reduzir pela metade o índice de analfabetos registrado em 1990. No caso brasileiro, isso significa uma taxa de 6,7% – três pontos percentuais abaixo dos 9,7% estimados pela Pnad de 2009.

O ministro afirmou que o desafio de combater o analfabetismo é complexo, já que o problema está concentrado numa população mais velha e que vive nas zonas rurais. A idade média do analfabeto brasileiro, segundo o ministro, é 56 anos.

– É herança de um sistema de ensino que funcionou mal – afirmou Haddad, enfatizando que hoje a situação é diferente e que a chamada “torneira” de novos analfabetos foi fechada.

Haddad destacou ainda que a Pnad trabalha com dados amostrais, que são estimados dentro de margens de erro. Ele disse estranhar que a taxa de analfabetismo no Sul e Sudeste tenha permanecido praticamente estável de 2007 a 2009, conforme as Pnads do período:

– Acho improvável que isso tenha acontecido.