Hospital universitário reduz prazo de espera por cirurgias

O Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap), em Campo Grande, diminuiu o tempo para a realização de cirurgias gerais e de urologia. Os procedimentos, que antes demoravam em média seis meses, agora levam 45 dias.

As melhorias no hospital, vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foram concretizadas a partir da criação do Núcleo Pré-Operatório Ambulatorial (NPOA), em março deste ano. Desde então, foi possível, além de reduzir o tempo, aumentar a satisfação do paciente, diminuir a quantidade de idas ao hospital, agilizar a fila de espera e estabelecer atividades de gestão nos procedimentos. Depois do êxito, a intenção é ampliar para as áreas de ortopedia, que tem um grande fluxo no hospital, e ginecologia.

A aposentada Leiziane Barbosa, 60 anos, vai tirar pedra na vesícula. Na semana passada, ela esteve no hospital, onde realizou avaliação do risco cirúrgico, fez a solicitação de exames e vai marcar a cirurgia. Segundo Leiziane, as mudanças trouxeram muitos benefícios para pacientes que moram longe e dependem de transporte público. “Muito bom saber que vim hoje para realizar várias etapas. Imagina ter que me deslocar de longe para solicitar exames e consulta em datas diferentes”, observou. O Humap fez uma pesquisa entre os pacientes que participaram do Dia D. Desses, 90% deram nota 10 para o atendimento feito na data.

Gestão moderna – A ideia surgiu com a ida do superintendente do Humap, Cláudio Saab, a um hospital em Verona, na Itália. A instituição contava com um projeto parecido, que foi pensado e adaptado por uma equipe para se adequar à realidade brasileira. “A decisão de colocar todo o procedimento sob a responsabilidade de um só local aumentou a satisfação do cidadão, otimizou a lista de espera, acelerou atendimentos e tirou do médico a responsabilidade de se preocupar com todo o processo”, ressaltou o superintendente, destacando que, atualmente, o especialista cuida de examinar, diagnosticar e operar, deixando as etapas administrativas para outros profissionais.

Cláudio ainda explicou que as mudanças não implicaram compra de novos materiais, mas sim em reorganização de recursos humanos e designação de tarefas. “Com o concurso da Ebserh, conseguimos designar um cardiologista específico na área, um anestesista e uma enfermeira. Foi uma reestruturação interna e eles fazem as etapas, até a cirurgia, sob orientação”, comentou.

Ensino – Os benefícios também alcançam os alunos do Hospital Universitário. Com a otimização do fluxo de trabalho, o número de procedimentos cirúrgicos aumenta e o aprendizado também. “Existe uma rotatividade maior no número de pacientes atendidos e procedimentos realizados, então o residente vai ter mais contato com cirurgias durante o seu estágio. Ganha todo mundo”, destaca Cláudio Saab.

Assessoria de Comunicação Social da Ebserh