‘Infraestrutura é o nosso gargalo’, diz primeira reitora mulher da Unifesp

Soraya Smaili vai comandar a Federal de SP pelos próximos quatro anos. Construção da campus da Zona Leste da capital é uma das prioridades.

A primeira mulher a assumir a reitoria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Soraya Soubhi Smaili, de 50 anos, tem muitos planos para os quatro anos a frente da instituição. Uma das metas dos primeiros 100 dias da gestão é criar um plano diretor para cada um dos seis campi da instituição. O objetivo é planejar para consolidar a expansão da universidade. O documento vai prever reformas e construção de novos prédios, laboratórios, bibliotecas, moradia estudantil, entre outros, com estimativa de gastos e prazos em cada cidade onde a Unifesp está instalada, nos próximos quatro anos.

A universidade não para de crescer, porém, muitos campi estão em prédios provisórios, com estrutura deficitária, motivo de descontentamento e paralisações entre os alunos. Para Soraya, o planejamento vai se concentrar na infraestrutura da Unifesp, que é “um dos grandes gargalos da universidade”. “Não queremos fazer ‘puxadinhos’, nem escola de lata ou madeira, queremos boa estrutura”, disse a nova reitora, que concedeu entrevista exclusiva ao G1 no prédio da reitoria da universidade.

Além de ser a primeira mulher no comando da Unifesp, Soraya também é a única não-médica na reitoria da universidade que tem tradição na área de medicina e a mais jovem a ocupar o cargo. O “combo” de novidades, na opinião de Soraya, a ajudou a ganhar a preferência na comunidade acadêmica, com 39% dos votos. Soraya e a candidata a vice Valéria Petri foram as mais votadas por funcionários, alunos e professores entre as três chapas que disputavam a eleição, e o governo federal confirmou a escolha na listra tríplice que lhe foi enviada.

“As pessoas estão animadas com o novo, vendo como algo positivo. Pelo menos é o que eu sinto. Acho que é por isso que vencemos, além do bom programa. Nós também representamos a diversidade da universidade que não é mais só médica, e não só dos homens”, diz.

A demanda deles [da Zona Leste] é enorme, a região é carente e a universidade vai atender pelo menos quatro milhões de pessoas. A comunidade tem pressa, tem fome de conhecimento.”

Soraya é formada em farmácia pela Universidade de São Paulo (USP), em seguida emendou mestrado até a livre docência na área de farmacologia, na Unifesp. Também possui experiência em movimentos sindicais, ela foi diretora do Sindicato Nacional dos Professores (Andes), além de presidente da Associação dos Docentes da Unifesp.

A reitora já foi empossada oficialmente em Brasília no dia 7 de fevereiro, mas a cerimônia de transmissão do cargo feita pelo reitor anterior Walter Albertoni ocorre em São Paulo na próxima terça-feira (26), às 9h. Há 21 anos, Soraya é docente da Unifesp, atividade que terá de ser interrompida enquanto ela exerce o cargo de reitora. Tais funções, no entanto, Soraya pretende conciliar com as pesquisas na área de neurociência.

A menina dos olhos da nova reitora é o novo campus que será construído em Itaquera, Zona Leste de São Paulo, em terreno doado pela Prefeitura de São Paulo, que faz parte do projeto de expansão da Unifesp. A expectativa de Soraya é ver pelo menos uma parte da unidade funcionando nos próximos quatro anos.

“A demanda deles é enorme, a região é carente e a universidade vai atender pelo menos quatro milhões de pessoas. A comunidade tem pressa, tem fome de conhecimento. É uma coisa emocionante, o campus começa diferente, com um desejo da população e apoio do governo”, afirma.

Inicialmente o campus da Unifesp da Zona Leste vai oferecer cursos na área de saúde, políticas públicas e engenharia. “No futuro pode até ser maior do que o campus de São Paulo, o sonho é ofertar 30 cursos.”

Expansão

Com o plano diretor em mãos que vai detalhar a necessidade de cada unidade, Soraya pretende buscar recursos no governo federal. Os campi de Osasco, Diadema, Santos, Guarulhos e São Paulo precisam de novos prédios. O projeto mais adiantado é o Guarulhos, cujo a construção da unidade começa neste primeiro ano de gestão da nova reitoria. A previsão é concluir as obras em 18 meses.

O desafio agora, segundo a reitora, é instalar os alunos de Guarulhos em uma estrutura provisória, “mas de boa qualidade”, até que as obras fiquem prontas. “Criamos grupo de trabalho com a cidade e há uma possibilidade e utilizar galpões que estamos querendo reformar e criar salas de aula.” No ano passado, os estudantes fizeram greve para reinvindicar melhores condições de infraestrutura.

O campus de Diadema está espalhado por cinco prédios, nem todos próximos uns dos outros. O local que mais merece atenção, de acordo com a reitora, é chamado de complexo didático e faz parte da unidade José de Alencar. Segundo ela, a área necessita de mais infraestrutura e o acesso deve ser melhorado.

O campus de São Paulo possui um prédio em construção que vai abrigar alguns departamentos e ambulatórios ainda não definidos. A mudança deve gerar economia para universidade que deixará de pagar alguns aluguéis. Outra necessidade latente é de pelos menos duas grandes reformas em prédios muito antigos que exigem adequações na estrutura hidráulica e elétrica.

Criado em 2007, o campus de São José dos Campos é considerado o mais “redondo” entre os seis da Unifesp. Começou com 50 alunos no curso de ciência da computação e dez professores, fechou o ano de 2012 com cinco cursos de graduação, pós, 300 alunos e 80 docentes. Há duas edificações: uma para atividades administrativas, laboratórios, cantina e restaurante, e outra para salas de aula, gabinetes para os docentes, laboratórios, biblioteca e anfiteatro. “Veja como é importante o planejamento. O campus começou pequeno e cresce à medida que se planeja”, diz.

Ainda como prioridade nestes 100 primeiros dias de mandato, a reitora diz que vai propor uma reforma administrativa com a criação de uma secretaria de gestão com pessoas. O objetivo é atender funcionários e professores oferecendo plano de carreira, cursos de capacitação, benefícios na área da saúde, entre outros.

Outra novidade anunciada por Soraya é que a Unifesp vai expandir o leque de graduações na área de ciências humanas e ofertar curso de direito. Atualmente há um concurso público para contratar sete docentes. Ainda não se sabe qual dos campi vai oferecer as vagas, nem a partir de que ano a primeira turma será selecionada.

Enem

Novos cursos da Unifesp vão utilizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como ingresso único para alunos, a partir do próximo ano. Hoje a seleção para a maioria dos cursos da Unifesp já funciona assim, com exceção de pelo menos sete, entre eles, medicina, enfermagem e engenharia química, que exigem que o candidato faça o vestibular próprio, além do Enem. É o chamado vestibular misto.

“Foi feito um estudo que mostra que em alguns cursos não há diferença o uso do vestibular próprio, mas o conselho de graduação vai ter de aprovar”, diz a reitora. Segundo ela, em cursos como medicina e ciências biomédicas, o vestibular misto se manterá porque como estes tendem a atrair candidatos mais bem preparados, por conta da alta concorrência, é possível que um grande número atinja 100% de aproveitamento do Enem, impossibilitando a seleção.

Cotas

A Unifesp já destina 10% das vagas para cotistas oriundos das escolas públicas. O desafio, para a reitora, é adequar a universidade nos próximos anos. A lei prevê que até o mês de agosto de 2016 sejam reservadas 50% das vagas nas federais para os estudantes que tenham concluído o ensino médio integralmente na rede pública. Dentro destas vagas reservadas, uma porcentagem será destinada a estudantes de acordo com sua renda familiar e outra a pretos, pardos e indígenas.

“Entendo as cotas como um elemento dentro de uma política de ações afirmativas. Será um desafio para os próximos anos. É preciso ter condições de permanência, com bolsa, restaurante, bibliotecas”, afirma Soraya.

Vanessa Fajardo –  G1

 

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