Ministro diz que outras categorias não poderão ter o mesmo reajuste, entre 25% e 45%

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defendeu a proposta feita pelo governo para acabar com a greve dos professores das universidades federais. Segundo ele, não há nenhuma outra categoria que possa ter um reajuste como o oferecido aos professores universitários. Na semana passada, um dos sindicatos que representam a categoria – o Proifes – aceitou a proposta, mas o outro sindicato – a Andes – recusou. Segundo a direção da Andes, a proposta é desestruturante, não garante a melhoria nas condições de trabalho e nem a valorização salarial. Mercadante pensa diferente.

– É uma proposta que garante 25% de reajuste para todos os docentes, é o mínimo nos próximos três anos. Portanto eles vão ter um ganho real de salário. E o reajuste vai até 45% se considerar os 4% que nós já tínhamos dados neste semestre. Além disso, os doutores e os que têm dedicação exclusiva, portanto a titulação e a dedicação exclusiva à universidade são critérios que permitem que os reajustes sejam bem superiores a 25% – afirmou o ministro, acrescentando:

– Eu não conheço nenhuma outra categoria que hoje nesta conjuntura de crise internacional, de queda de receita, onde os países desenvolvidos estão cortando direito, demitindo, possa ter além da estabilidade um reajuste de 25% os próximos três anos, que é uma verdadeira garantia em relação à incerteza econômica que nós podemos enfrentar.

O ministro afirmou também que o governo chegou no limite do que pode oferecer. Na quarta-feira, haverá uma nova reunião entre representantes do Ministério do Planejamento e dos sindicatos dos professores.

– Eu tenho muita confiança que essa proposta está sendo bem analisada. O governo chegou no limite do que poderia chegar, dadas as circunstâncias. Espero que a a partir de agosto a gente possa restabelecer as aulas para que os alunos não tenham prejuízos maiores. O guia pode ser acessado gratuitamente na página do Inep na internet.