Ministro participa do Pleno da Andifes e pede apoio ao novo Enem

O ministro da Educação Fernando Haddad participou da reunião do Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) na manhã desta terça-feira (28). O principal assunto em pauta foi a participação das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) no novo modelo de processo seletivo proposto pelo MEC.

Fernando Haddad falou sobre a importância da Andifes na construção dessa proposta, que, segundo ele, já evoluiu e hoje permite mais possibilidades para as Ifes; portanto, ele pediu o apoio da entidade ao princípio geral da proposta, ressaltando que, gradativamente, as instituições se decidirão sobre como adotá-la, respeitando a autonomia e a diversidade de cada universidade. O presidente da Andifes, reitor Amaro Lins (UFPE) também destacou a parceria com o ministério: “A Andifes se sente com a missão cumprida nessa primeira etapa do debate, que vai continuar internamente nas Ifes, respeitando a autonomia de cada uma”

Desde a apresentação da proposta do MEC, a discussão se tornou pauta primordial na Andifes, que sugeriu algumas modificações, principalmente por meio de um comitê de governança formado pelo presidente da entidade e um reitor de cada região do país, além das secretarias estaduais de educação. Depois de cerca de um mês de reuniões e discussões, a proposta ficou mais abrangente: “As quatro possibilidades são suficientemente largas para permitir a participação das instituições, testando o modelo, nem que seja na quarta forma. O modelo está muito flexível, a ponto de permitir uma transição responsável”, afirmou Haddad.

O ministro explicou que o MEC propõe um direcionamento para a educação do país: “Precisamos e um norte para o ensino médio a partir de um exame instigante, interessante e envolvente; e nós entendemos que esse norte é o novo Enem”, afirmou. Dentro da Andifes, o presidente afirmou haver concordância com os princípios fundamentais da proposta, e que agora cabe às universidades discutirem como participar.

Mobilização
O ministro Fernando Haddad também mostrou sua preocupação com o grande impacto que o tema causa na sociedade brasileira. Segundo ele, ninguém pode negar que a transição do ensino médio para o superior é traumática; logo, cabe ao MEC e às instituições de ensino melhorarem esse momento.

Devido à grande repercussão, o ministro sugeriu o posicionamento da Associação: “Se a Andifes diz para o país que esse processo é virtuoso e de aperfeiçoamento da educação, o sinal que a Andifes pode dar é muito importante. Aplaca os ânimos, dá um impulso à proposta”.

O pleno sugeriu a confecção de um documento com o posicionamento da Andifes sobre a proposta. Os reitores estudam esta demanda e o documento pode sair nas próximas horas.

Reunião com a presidência
O ministro Fernando Haddad também falou sobre a audiência da Andifes com o presidente Lula, marcada para o dia 28 de maio. Segundo ele, a reunião tem que ser um coroamento de uma visão de consolidação da educação, principalmente a pública. ”Devemos chegar ao presidente com um projeto consolidado para equacionar todos os entraves existentes nas Ifes”, afirmou Haddad. O presidente da Andifes concordou: “As Ifes vivem um momento muito especial e precisamos consolidar isso”.