Nos extremos do Ideb, as boas e as más lições

Redes que tiveram saltos de qualidade ou quedas expressivas explicam o que aconteceu

As notas do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2011 no ensino médio deixaram exposta a crise que o país enfrenta: nove estados pioraram de 2009 a 2011. Mas as notas trouxeram também uma boa surpresa. O Amazonas, pior estado em 2005, deu salto de 1,1 ponto em seis anos: deixou de ser o lanterninha com 2,4 e cravou 3,5 agora. Não foi o único bom exemplo: nos anos iniciais do fundamental, o Ceará foi de 3,2 em 2005 para 4,9. Nos anos finais, Mato Grosso subiu 1,4 ponto.

Diretor de Políticas e Programas Educacionais do Amazonas, Edson Melo, que por mais de sete anos foi gerente do ensino médio, diz que “a política da continuidade” teve seu papel, mas que o investimento nos profissionais e na gestão escolar foi fundamental para o salto.

— Investimos na formação dos professores, capacitamos os diretores em gestão escolar, abrimos concurso e trabalhamos para que os docentes se fixassem numa única escola e não mais em várias — diz Melo, destacando que o estado diminuiu o número de professores leigos, aqueles formados, por exemplo, em Economia e que dão aula de Matemática: — E criamos, em 2006, um simulado anual.

O Amazonas tem pouco mais de 155 mil alunos no ensino médio; 50% no turno noturno, considerado por especialistas em Educação um dos entraves do ensino médio. Ciente dos problemas — menos horas de aula, alunos cansados, cobrança menor —, Melo diz que o estado busca diminuir esse índice:

— Temos 560 escolas, mas atendemos também os alunos do fundamental, que acabam ocupando os prédios de dia. Para o ensino médio, são 280 escolas. Precisamos de mais 20, pelo menos, para reduzir o número de estudantes à noite.

No Ceará, Izolda Cela, secretária de Educação do estado, cita o Programa de Alfabetização na Idade Certa (Paic), que garante que crianças aprendam a ler até os 7 anos e que foi criado em Sobral, cidade que se destacou na Educação:

— Garantida a alfabetização, lançamos o Paic+5, que foca as cinco séries do fundamental.

Por todo o país, pequenos municípios tiveram grandes avanços nos anos iniciais. No Paraná, o Ideb de Nova América da Colina saltou de 1,2 em 2005 para 5,5 em 2011. A cidade tem duas escolas municipais e só a Francisco Escorsin, com 288 alunos no fundamental I, participou do Ideb.

— Aqui são só a sala de aula, o professor e o aluno. Não temos laboratórios ou mural nas salas porque ocupamos uma escola estadual. Mas o investimento no estudante começa na educação infantil. Em 2011, conseguimos fazer com que 100% dos professores concluíssem o curso de Pedagogia — conta a diretora Ana Rogarti. — Oferecemos reforço, envolvemos os responsáveis e criamos ambiente de leitura. Nosso Ideb subiria mais se não houvesse a limitação do espaço físico.

Com 18 escolas municipais, Mucambo, a mais de 300 quilômetros de Fortaleza, pulou de um Ideb de 3,5 em 2005 para 7,5 em 2011, aumento de 114%. O investimento no professor — o que Mucambo levou da experiência em Sobral, a maior entre as cidades vizinhas — foi o que mais contribuiu, aponta o secretário municipal de Educação, Francisco Carlos Brito de Azevedo.

— Muitos professores não tinham como se deslocar para Sobral; decidimos oferecer aulas aqui. Hoje, quase 100% dos 250 professores da rede têm nível superior — diz o secretário, destacando ainda que o aumento salarial fez parte da política de valorização. — Também apostamos no projeto Alfabetização na Idade Certa e no controle de frequência, com aumento no número de veículos de transporte, criamos avaliações internas. Além disso, mais de 90% das escolas têm biblioteca.

Claraval (MG), com o melhor Ideb do país — 8,3 —, apostou na experiência de professores mais antigos. O pacote incluiu ainda incentivo à participação dos pais, acompanhamento de psicólogos e fonoaudiólogos, investimento em cursos para professores e reforma das escolas.

— Investimos mais que o obrigatório (25%) em Educação: 33,6% do orçamento. E temos transporte escolar que busca praticamente todos em casa. Ninguém chega cansado — diz Rita de Freitas, secretária municipal de Educação.

Mas o avanço ainda convive com péssimos resultados: em Alagoas, o ensino médio da rede estadual teve o pior Ideb (2,6) e piorou em relação a 2009 (2,8).

O estado enfrenta uma crise na Educação que se arrasta desde 2011, quando se anunciou a reforma emergencial de 163 escolas. O problema é tão grave que os alunos da escola estadual Rosalvo Lobo começam hoje as aulas de 2012, em tendas no pátio de outro colégio. O Ministério Público abriu investigação e flagrou superfaturamento nas obras e outras irregularidades. Nos últimos dez anos, Alagoas teve 11 operações da Polícia Federal: a maioria sobre desvios na Educação.

— Nos últimos governos não tivemos continuidade de políticas — diz Sandra Regina Paz, conselheira municipal de Educação: — Neste ritmo, é difícil dizer quando Alagoas terá nota azul.

 

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