O acesso à universidade (editorial)

Está consagrado, depois de ser percebido por um bom tempo apenas como um experimento, o novo formato do processo de disputa pelas vagas das universidades. O aumento superior a 30% no número de inscritos na última edição do Sistema de Seleção Unificada (SISU) que facilita o acesso à universidade, via internet, com base nas notas do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) reafirma a importância que esse mecanismo de seleção vem assumindo no Brasil.

O SISU deixa de ser uma alternativa ao vestibular e se reafirma como substituto de um modelo arcaico, que prevaleceu por décadas no país. O vestibular vinha sendo visto há muito tempo como uma gincana em que os vencedores não eram necessariamente os melhores estudantes, mas os que dispunham de recursos para se preparar para uma verdadeira guerra e chegar ao Ensino Superior.

O ENEM, que viabiliza a disputa pelo SISU, ganhou a adesão de importantes universidades do país, nos últimos anos, após um período de desconfiança. Instituições reconhecidas pela qualidade do ensino, muitas das quais mantidas pelo governo federal, resistiam a inovar em seus critérios de seleção, como se fossem dependentes da tradição de um modelo superado. O novo sistema democratiza o acesso, até porque incorpora a disputa por cotas e acolhe também os que chegam à universidade através do Programa Universidade para Todos (PROUNI).

É evidente que tais mudanças eliminaram parte das discriminações que penalizavam estudantes oriundos de escolas públicas, que em sua maioria pertencem às camadas de baixa renda. É enganoso, no entanto, achar que tudo está resolvido.

O ENEM, o SISU, o sistema de cotas e o apoio oferecido pelas bolsas do PROUNI são importantes, mas não são suficientes para corrigir defeitos históricos da educação brasileira. O acesso será de fato democratizado se os ensinos Fundamental e Médio forem finalmente vistos como prioridade. O Brasil poderá dizer que a disputa por uma vaga na universidade é igualitária quando a escola pública – com prédios sucateados, com professores mal pagos, referências pedagógicas questionáveis e atraso em relação aos avanços tecnológicos – enfrentar seus antigos desafios. Essa é uma tarefa que, no jogo de empurra, é sempre atribuída, por dever legal, a municípios e Estados.

Sabe-se que governos estaduais e municipais não terão como superar deficiências sem compartilhar projetos e soluções com a União. Melhorar o ensino básico é, sim, também uma tarefa do governo federal, que centraliza recursos e deveria orientar as grandes políticas para o setor, mas tem sido distante e omisso.

Entre os muitos fatores que contribuem para a desigualdade social, o ensino público precário é certamente um dos mais devastadores. Sua qualificação é decisiva para que programas de transferência de renda e outras medidas governamentais sustentem êxitos efetivos não só no curto prazo, mas nos benefícios duradouros da educação. Entre os muitos fatores que contribuem para a desigualdade social, o ensino público precário é certamente um dos mais devastadores.

Diário Catarinense (SC)

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