O avanço da ciência brasileira

O Brasil tem tido uma posição sofrível nos recentes rankings mundiais de universidades. Quando indagados, os gestores das classificações apontam como principal causa a fraca interação internacional de nossos cientistas.

Embora existam outros fatores, este é apontando há tempos e que agora o governo procura atacar com o programa Ciência sem Fronteiras (CSF), sob a alçada do CNPq e Capes, órgãos do Ministério de Ciência e Tecnologia e Ministério da Educação, respectivamente.

O programa prevê 101 mil bolsas de estudos no exterior no período de 2012-2015. Até fevereiro de 2014, haviam sido concedidas 49.067 bolsas. Entre as várias categorias de bolsas, a grande maioria, 81%, é do tipo “sanduíche graduação”, em que alunos são selecionados para permanecerem de 12 a 18 meses em universidades estrangeiras. Durante a permanência, eles devem cumprir disciplinas de graduação relacionadas com seus cursos no Brasil e ganhar domínio de uma segunda língua.

Segundo dados da Unesco, em 2011 o total de alunos de graduação no exterior era de 3,8 milhões, e o Brasil alcançava apenas 0,8% deste total. Com o CSF/graduação, esse valor aumentará significativamente. Ainda assim, o privilégio de obter uma bolsa caberá a uma proporção muito baixa do alunato brasileiro de graduação. Porém, é incontestável que os contemplados constituem uma semente importante para uma mudança cultural e profissional, pela aquisição de uma visão mais cosmopolita, significativa para um país geograficamente isolado das nações mais avançadas.

Porém, é incorreta a ideia de que essas bolsas de graduação são um passo importante para a internacionalização de nossa ciência. Em primeiro lugar, é altamente improvável que, frente aos vários desafios a serem enfrentados pelos jovens, como aprendizagem de uma nova língua e de novas disciplinas, haja tempo para uma iniciação científica, que consiste de um trabalho científico efetuado sob a direção de um docente da instituição. Talvez por isso ela não seja exigida pelo CSF/graduação. Em segundo lugar, não há uma razão especial para se esperar que esses bolsistas tenham interesse superior aos dos demais concluintes da graduação em se tornar cientistas, algo em torno de 1%.

Portanto, não se trata de um caminho para internacionalizar a ciência brasileira. Não é claro por que o programa ficou da alçada do CNPq e Capes, duas instituições com técnicos e infraestrutura voltados para o progresso da ciência brasileira.

Há vários estudos mostrando que os programas de doutorado e pós-doutorado no exterior são, estes sim, de extraordinária importância para o avanço de nossa ciência. Em um recente levantamento de dados verificamos que, entre os 241 pesquisadores brasileiros mais destacados em biologia, química e física, segundo a Plataforma Lattes do CNPq, 213 fizeram doutorado ou pós-doutorado no exterior. Certamente, esses programas deveriam ser contemplados prioritariamente quando se visa uma maior internacionalização da ciência brasileira. Todavia, tal iniciativa não deveria prejudicar o CSF/graduação, cuja supervisão deveria caber ao Ministério da Educação.

ROGERIO MENEGHINI, 73, é professor titular aposentado de bioquímica da Universidade de São Paulo e diretor científico do programa SciELO de revistas científicas brasileiras

 

Publicação Folha de São Paulo

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