O crescimento dos cursos de engenharia no Brasil

Em meados da primeira década do século 21, o Brasil era visto como um país em acelerado crescimento e que precisaria investir em infraestrutura e mão de obra qualificada. Um crescimento médio de 5% ao ano do PIB para a década seguinte era tido como moderado e nada excepcional.

O número de engenheiros formados então, reflexo do período de baixo crescimento econômico e pouco investimento que caracterizaram a década de 1990, se refletia na baixa demanda pelas profissões da área. O número de formados não atingia 30 mil por ano.

 Houve, por isso, uma mobilização para evitar o que se chamava de “apagão de engenheiros”. O MEC (Ministério da Educação) e a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Nível Superior), entre outros, se movimentaram para tentar evitar a crise que se previa. Medidas de incentivo e divulgação da procura por engenheiros, além dos salários crescentes oferecidos para esses profissionais, aumentou a demanda dos candidatos aos cursos de engenharia. As instituições educacionais se apressaram e receberam incentivos para criar novas turmas na área, sobretudo no setor privado.

 Como resultado, entre 2009 e 2012, o número de ingressantes em engenharia dobrou e o de concluintes aumentou 40%.

O país, contudo, estancou seu crescimento nos últimos anos, mantendo-se na faixa de 1% e 3%. Será que agora teremos engenheiros demais nos próximos anos?

 A resposta é: dificilmente! Isso porque o número de engenheiros no Brasil ainda é baixo se comparado à países com PIB equivalente ao nosso, sem mencionar o número de engenheiros per capita. O Reino Unido, por exemplo, tem 50% a mais de engenheiros e formou em dez anos quatro vezes mais profissionais da área que o Brasil. Aqui, temos dois engenheiros para cada mil habitantes, contra uma média de 11 dos países da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

Defendo que os engenheiros não respondam somente à demanda das empresas. Com a devida formação empreendedora, eles próprios podem criar novos mercados para si e para o país.

 Entretanto, algumas considerações são necessárias.

 Não se sabe se o crescimento vertiginoso do número de ingressantes nas universidades repercutirá proporcionalmente no de concluintes. A evasão pode crescer por causa de problemas com os novos cursos e com a formação prévia dos ingressantes.

 Além disso, os engenheiros possuem grande flexibilidade de formação, o que os permite sair de sua área específica para atuar em diferentes campos como gestão em geral, mercado financeiro, informática corporativa etc. No Brasil, como em diversos países, um terço dos engenheiros não trabalha na profissão. O perigo de desemprego é, portanto, pequeno, embora talvez os recém-formados não consigam trabalhar exatamente na especialidade escolhida.

 Mas se o número de formados pode atender às necessidades do país, será que a qualidade de sua formação atenderá? Essa é a questão mais importante.

ROBERTO LEAL LOBO E SILVA FILHO, 75, professor titular aposentado do Instituto de Física de São Carlos, é presidente do Instituto Lobo. Foi reitor da USP

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