O REUNI e a qualidade: o caso da Unifesp

“O edifício apresentava indícios de ter sido mal dimensionado em seu projeto para abrigar uma instituição de ensino(…) Um exemplo era o espaço destinado à biblioteca. Além de acanhado para a sua finalidade (em torno de 40m2), localizava-se no primeiro andar, considerado inadequado devido ao peso que os volumes das publicações exercem sobre a estrutura(…) Uma única sala permaneceu no térreo, mas a péssima acústica era motivo de queixas rotineiras devido aos sons no piso do primeiro andar(…)

Carpetes colados no teto foram improvisados como revestimento acústico para minimizar o desconforto. E mais: tapumes de madeira passaram a dividir salas de seminários e salas de aulas maiores para acomodar monitores e professores recém-chegados(…)

No quesito improvisação, porém, nada se comparou à criação de salas para abrigar pós-graduandos depois de o Instituto implantar programas de mestrado e doutorado. A extravagante solução encontrada praticamente transformou a área externa do edifício em um cortiço.”

Pode parecer que esse trecho trata de um novo campus criado pelo REUNI, mas não, é um trecho do livro “IMECC, 40 anos – A trajetória do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica da Unicamp“ de Paulo César Nascimento, e fala do início do IMECC, na década de 70. Esse instituto hoje é referência internacional nas áreas de matemática, matemática aplicada e estatística, possuindo programas de pós-graduação com notas máximas na CAPES e superou há muito tempo as dificuldades com a infraestrutura física. Outros casos similares de diversas instituições de ensino do país estão também registradas na história.

Voltando ao REUNI, é notório que as críticas que esse programa de expansão e  reestruturação das instituições federais, instituído em 2007 pelo decreto 6096 (ver http://bit.ly/aRkb0x), passam principalmente por problemas de infraestrutura física, alegada perda da boa qualidade e outros de legítimos conteúdos ideológicos.

De todos os setores críticos ao REUNI o que apresenta as reivindicações de maneira mais clara, justa e, assim, construtiva é o movimento estudantil. Não por acaso é notável o aumento da mobilização estudantil nos últimos anos, incluindo greves. Não é correto associá-las aos partidos de esquerda, que existem há muito tempo. São as condições objetivas de falta de infraestrutura e de políticas de permanência que tem gerado essa crescente mobilização estudantil.

Os gestores universitários devem ouvir seus estudantes, pois eles, ao vivenciarem as dificuldades, apontam quais devem ser as prioridades. Dessa forma, é inadmissível o uso da repressão policial contra o movimento estudantil e sua judicialização.

Dito isso, é importante ressaltar que, assim como no caso do IMECC-Unicamp, dificuldades estruturais iniciais não são impeditivos para a excelência acadêmica. Senão, vejamos a expansão da Unifesp.

A Unifesp, nascida universidade temática em 1994, tendo a Escola Paulista de Medicina, que esse ano completou 80 anos, como embrião e alicerce, inicia sua expansão em 2006 com o campus Baixada Santista. Em 2007 são criados os campi Diadema, Guarulhos e São José dos Campos. Em 2011 é criado o campus Osasco.

Os comentados rankings de universidades trabalham com vários indicadores de qualidade, que vão da reputação da instituição ao número de artigos e citações de trabalhos de seus docentes. A Unifesp, pós-REUNI,  costuma figurar, nesses rankings, entre as dez melhores universidades do país, dentre eles no ranking britânico QS (Quacquarelli Symonds) World University Rankings recém divulgado. O MEC classificou a Unifesp como a melhor universidade do país em três avaliações seguidas. Mas vale lembrar que USP e Unicamp, consideradas as duas melhores universidades do país, não participaram desse ranking do MEC.

E USP e Unicamp configuram boas referências de excelência para as demais universidades do país. Olhemos então seus novos campi: a EACH, da USP, criada em 2004 na zona leste da capital, e a FCA, da Unicamp, criada em 2009 em Limeira. Mais especificamente, atentemos para um indicador objetivo: a existência e o número de programas de doutorado reconhecidos pela CAPES nos novos campi. Consideramos esse um bom indicador no que diz respeito à qualidade do corpo docente e da infraestrutura de ensino e pesquisa.

A EACH-USP e a FCA-Unicamp possuem um curso de doutorado cada. O campus Baixada Santista da Unifesp possui um curso de doutorado, o campus Diadema possui dois, o campus Guarulhos possui dois e o campus São José dos Campos possui dois. O campus Osasco, com apenas dois anos, já possui um mestrado profissional.

Pelo menos por esse indicador não parece justo afirmar que a expansão via REUNI prejudicou a boa qualidade da Unifesp, mesmo com problemas de infraestrutura que estão sendo superados com empenho de sua comunidade.

Certamente o número de programas de pós-graduação em cada um dos campi da Unifesp, assim como na USP e na Unicamp, crescerá e será cada vez melhor avaliado. O mesmo para os seus cursos de graduação e atividades de extensão. E o mais importante, a Unifesp, agora multicampi, contribuirá cada vez mais com o desenvolvimento social e econômico do país. Que venha um novo REUNI, para o bem do Brasil.

Luiz Leduíno de Salles Neto – diretor do campus São José dos Campos da Unifesp

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