Reitor da UFPE lamenta problema e reavalia exame

Metade da média dos candidatos que conquistam vaga na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) é obtida, desde o ano passado, com a nota do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que substitui a primeira fase do vestibular. Ontem, o reitor Amaro Lins disse que era cedo para afirmar se haverá mudança no processo seletivo por causa dos problemas ocorridos no exame este fim de semana. “Conceitualmente, o Enem é um ótimo modelo de seleção e avalia o aluno que queremos ter na nossa universidade. Mas é lamentável que tenha havido falhas na impressão dos gabaritos e na fiscalização das provas. Vou pedir à Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) que chame o Ministério da Educação para uma reunião urgente, para avaliar o que aconteceu”, comentou Amaro, que inicia, hoje, discussão interna para também avaliar o exame.

Nas Universidades Federais Rural de Pernambuco (UFRPE) e do Vale do São Francisco (Univasf), todas as vagas são preenchidas pelo Sistema de Seleção Unificada, que utiliza as notas do Enem. A pró-reitora de graduação da Rural, Maria José de Sena, criticou as falhas na avaliação, embora continue considerando o exame a melhor forma de selecionar os alunos. “O MEC tem que rever a logística do Enem. Erros primários como o da impressão do gabarito não podem ocorrer”, comentou. Para o pró-reitor acadêmico da Univasf, Marcelo Ribeiro, os problemas foram pontuais e não tiram a credibilidade da avaliação.