Reitores do RN discutem em Mossoró o fortalecimento das instituições

Atualizar as propostas de expansão das instituições públicas de ensino superior (IES) do Rio Grande do Norte; identificar as expertises e prospectar as demandas do setor produtivo das regiões, e realizar seminários com os setores da sociedade potiguar para debater os projetos das IES. Estes são os encaminhamentos da 4ª. Reunião do Fórum de Reitores do Rio Grande do Norte realizado na manhã desta sexta-feira, 09, na Sala dos Conselhos da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA), em Mossoró, Região Oeste do Estado.

Com participação de reitores e pró-reitores da Universidade Federal do RN (UFRN) e da UFERSA, o fórum analisou a conjuntura política e econômica desfavorável às universidades, no que diz respeito à consolidação do crescimento das instituições registrado nos últimos 13 anos e à implantação de novos cursos de graduação e oferta de mais vagas para 2017, conforme estabelecem as metas do Plano Nacional de Educação (PNE). A preocupação dos gestores é com o corte de 3% no orçamento do Programa Nacional de Assistência ao Estudante do Ensino Superior (PNAES), assim como 6,7% nos recursos para custeio dos serviços das IES. Reitor da UFERSA, Arimateia de Matos observou que a instituição a qual dirige já sofre os efeitos da nova política educacional do país: “Concluímos parte das obras iniciadas em 2013, mas não podem funcionar. Faltam recursos para prover as instalações e até mesmo para pagar a energia que vão gastar. Também não temos professores e nem técnicos para desenvolverem as atividades previstas”.
Condutora da reunião, a reitora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Ângela Maria Paiva Cruz, também presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES), pontuou o momento delicado vivido pelas universidades no contexto de greves de servidores técnicos e docentes, ocupações estudantis e medidas de contingenciamento orçamentário. “Precisamos cuidar do planejamento de 2017, pois não devemos ter prejuízo e nem perder qualidade acadêmica”, alertou. A única certeza que temos é que a PEC 55 muda o cenário das universidades no contexto da educação brasileira nesses próximos 20 anos, completou Angela Paiva.

Para a próxima reunião, em 2017, o Fórum deverá aprovar o seu Regimento, em meio aos desafios das instituições. “Temos a certeza da necessidade de união neste momento, sobretudo para assegurar a consolidação do que já conquistamos para o ensino público superior de qualidade e inclusivo e também para nos planejarmos, de forma mais articulada, frente às oportunidades pelas quais teremos que trabalhar”, concluiu o professor José de Arimatea de Matos, ao agradecer a realização do Fórum na UFERSA, instituição mossoroense com 50 anos de atuação na Região Oeste e cerca de 10 mil alunos.