Reunião aborda estratégias de excelência para universidades

Dando continuidade às discussões para implementação de ações de internacionalização nas universidades brasileiras, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) recebeu nesta quinta-feira, 16, representantes da Fundação Alemã de Pesquisa Científica (DFG) para a reunião “Estratégia de Excelência das Universidades Brasileiras e a Iniciativa da Excelência Alemã: Diálogos e Perspectivas”. “Estamos trabalhando na questão da internacionalização. Já aplicamos questionário nas instituições de ensino superior brasileiras para termos uma ideia de onde devemos ser mais proativos. Se queremos ser competitivos, temos que mudar de patamar. Não é que nossa pesquisa esteja caindo de qualidade, mas estamos ficando para trás, pois os outros países estão desenvolvendo muito rápido. Para isso, precisamos de iniciativas de excelência, com inserção internacional, e investimento em ciência e tecnologia”, explicou Concepta McManus, diretora de Relações Internacionais da CAPES.

Excelência

Após a apresentação dos representantes do DFG, Klaus Wehrberger e Oliver Wiegner, que relataram sobre o histórico e resultados da Iniciativa de Excelência na Alemanha, a diretora da CAPES relacionou as necessidades iniciais do Brasil para uma estratégia de excelência: transformação das universidades e produção de conhecimento relevante e considerado em termos internacionais. “63% dos pesquisadores brasileiros nunca saíram do país para fazer pesquisa. Precisamos abrir nossa ciência para o mundo. Já analisamos e vimos que sozinha nossa pesquisa tem baixo impacto, mas, em colaboração com outros países, o impacto aumenta muito. Isso também acontece quando a pesquisa é realizada em colaboração com empresas.”

Algumas propostas sugeridas para que o objetivo seja alcançado é a modernização da gestão de pesquisa nas universidades; a disponibilização de um financiamento contínuo, a longo prazo e não contingenciável, que não cause prejuízo aos programas já existentes; e o desenvolvimento de projetos com abrangência a todas as áreas do conhecimento, tendo como diretriz sempre o mérito. “Projetos de excelência internacionais são caros e desenvolvidos a longo prazo. Se conseguirmos recursos fora do orçamento público, será possível, além de prever a estes projetos uma verba não contingenciável, a reorganização do orçamento das agências para outros programas estratégicos no Brasil”, disse o presidente da CAPES, Abílio Baeta Neves.

CAPES/PrInt
Durante o encontro, também foi abordado o Programa CAPES/PrInt, lançado no dia 3 de novembro. O edital, com inscrições abertas até 18 de abril de 2018, disponibilizará R$ 300 milhões anuais para apoio a Projetos Institucionais de Internacionalização. Os projetos selecionados receberão recursos para missões de trabalho no exterior, bolsas no país e no exterior e outras ações de custeio devidamente aprovadas pela CAPES.
Também participaram do seminário o adido científico da Embaixada da Alemanha em Brasília, Thomas Schröder, e a diretora do escritório da DFG para a América Latina, Kathrin Winkler.

(CCS/CAPES)