UFAM oferta Cirurgias oftalmológicas no Alto Solimões

O Projeto Amazônico de Atendimento Oftalmológico no Alto Solimões rendeu histórias de superação marcantes na vida de muitos pacientes, mas também deixará marca indelével na vida de profissionais e estudantes que se dispuseram a participar desse momento como mais uma experiência de vida.

Embora o trabalho do engenheiro da Alcon Laboratórios do Brasil, Zaqueu  de Oliveira Lopes,  fosse montar e preparar os centros cirúrgicos, ele se envolveu nas demais atividades de apoio. “Colaborei aplicando colírio e preparando os pacientes para a cirurgia. Para mim foi uma grande satisfação participar desse trabalho voluntário”, afirmou.

Acadêmico do primeiro período de Psicologia na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Francisco Marchi Freitas, 21, veio acompanhar o pai, que é um dos cirurgiões no projeto. “Eu já havia participado da edição anterior realizada nos municípios de Parintins, Maués e Boa Vista do Ramos.  Comecei observando e, de repente, eu me vi envolvido em várias atividades. Fiz um pouco de tudo, desde a distribuição dos óculos doados até a montagem e desmontagem dos centros cirúrgicos. Para mim, a oportunidade de trabalhar como voluntário nesse projeto foi incrível. Colaborar para a melhoria da qualidade de vida de diversas pessoas e entrar em contato com uma realidade completamente diferente da minha foram os aspectos positivos dessa empreitada”, ressaltou.

Engenheiro foi designado para montar os centros cirúrgicos, mas ficou tão envolvido, que desempenhou vários papeis durante a jornada no Alto SolimõesEngenheiro foi designado para montar os centros cirúrgicos, mas ficou tão envolvido, que desempenhou vários papeis durante a jornada no Alto SolimõesFernanda Marchi Freitas é aluna do primeiro ano do curso de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Ela acredita que essa oportunidade irá contribuir muito para a formação profissional dela. “Nessa experiência nos municípios do Alto Solimões, pude observar desde aspectos técnicos da medicina até as formas de lidar com os pacientes. Entrar em contato com o centro cirúrgico tão cedo na minha formação tem sido uma experiência indescritível, principalmente vivenciando cirurgias de catarata, porque é impressionante como um procedimento tão rápido tem um impacto tão grande na vida dos pacientes. É muito emocionante observar suas reações ao enxergar novamente e a sua gratidão pelos médicos, já que vivem em locais tão isolados e com infraestrutura tão precária. É tudo muito bonito”, declarou a estudante de Medicina.

Médico anestesiologista voluntário do Projeto, Alexandre Minioli foi convidado pelo doutor Lincoln e dr Rubens para participar desta edição no Alto Solimões. “É a primeira vez que participo e fico orgulhoso de ter podido ajudar tantas pessoas. Foi uma experiência intensa que vou considerar muito especial por toda a minha vida. Tínhamos pouco tempo para realizar um trabalho de impacto e realizamos, embora o cansaço tenha batido em alguns momentos, pois embora eu trabalhe há vinte anos com isso, já faz um tempo que trabalhar madrugada e voltar a trabalhar bem cedo no dia seguinte não é mais minha rotina, mas tudo valeu a pena” , declarou o médico, que trabalha como médico anestesina Santa Casa de São Paulo.

O administrador de empresas Cássio Vasconcellos de Souza Lima segue a premissa de ajudar ao próximo como se fosse a si mesmo. “Fiz voluntariamente o meu melhor, ofereci minha ajuda a quem mais estava precisando e o sorriso de quem volta a enxergar logo após a cirurgia alimenta a alma de quem está disposto a auxiliar o próximo”.