UFAM – Em visita ao Museu Magüta, reitor anuncia acordo de cooperação

“Este é o primeiro museu indígena no Brasil, com 23 anos, e o único do município de Benjamim Constant”, orgulha-se o diretor do Museu Magüta, antropólogo e filósofo Santos Cruz. Uma das iniciativas para dar maior visibilidade à cultura indígena no Alto Solimões é a assinatura de um Acordo de Cooperação Técnica entre a Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e o Museu.

Criado em 1995, o Magüta revela o universo Tikuna a brasileiros e estrangeiros, dentre os quais visitantes colombianos, peruanos, japoneses e norte-americanos. Com a proposta de aproximar a Universidade do Museu, por intermédio do Instituto de Natureza e Cultura (INC), o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, visitou o local na última quinta-feira, 31 de maio.

Parceria

O reitor da Ufam ratificou o valor cultural das peças expostas no Museu e frisou a importância da cooperação entre instituições e órgãos na manutenção e fomento a espaços como o Magüta.

“Nosso objetivo é dar visibilidade ao museu e buscar meios para que ele continue de portas abertas e em condições de funcionamento. A nossa região, o País, precisam conhecer este legado incrustado na floresta amazônica, que é patrimônio inquestionável da nossa história”, frisou o professor Sylvio Puga.

Arte e cultura indígenas são expostas no local há mais de 20 anosArte e cultura indígenas são expostas no local há mais de 20 anosAlém do diretor do Museu Magüta, Santos Cruz, o egresso do curso de Antropologia daquela Unidade Acadêmica, João Ramos, foi o responsável por apresentar o acervo aos visitantes da Ufam. “Meu papel foi o de explicar a respeito da etnia Tikuna ao grupo da Ufam”, lembra o antropólogo formado em junho de 2017.

Cultura Indígena

Na época em que foi criado, com a finalidade de expor a cultura indígena mais presente na mesorregião do Alto Solimões, o Magüta se destacou por apresentar peças Tikuna, dentre as quais artesanato, peneiras, colares e mídias com músicas produzidas por índios dessa etnia.

Inclusive, o nome do museu é uma das formas como os Tikuna são chamados. “No início, o Ministério da Cultura e o Museu Nacional do Rio de Janeiro apoiavam as atividades deste que é o primeiro museu indígena do País. Eram recebidas entre 30 e 50 pessoas por dia”, recorda o atual diretor, ao mencionar que ambas as colaborações já tiveram fim.

“Hoje, nós estamos buscando novas parcerias, inclusive com a Universidade, no sentido de consolidar as nossas ações e até incluir projetos novos”, explica o gestor, que está no cargo desde o dia 14 de abril deste ano. Segundo ele, uma das ideias é expandir as ações para a exposição da cultura de povos indígenas de outras etnias, como os Kokama e os Marubo. “Como resultado, o turismo cultural será fortalecido na região”, avalia Santos Cruz