UFAM recebe reitor de universidade portuguesa e discute possível intercâmbio

Firmar parcerias interinstitucionais para fortalecer o ensino, a pesquisa e a extensão, além de facilitar o intercâmbio de estudantes e de produções científicas foi o objetivo central do encontro entre os reitores da Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e da Universidade da Beira Interior (UBI), localizada na cidade de Covilhã. A visita ocorreu na tarde desta segunda-feira, 11, nas instalações do bloco aonde será situada a Faculdade de Informação e Comunicação (Fic), cujas obras se encontram em etapas finais.
Conforme afirma o reitor da Ufam, professor Sylvio Puga, o acordo de cooperação firmado entre as duas instituições é fundamental para o fortalecimento de ambas e para o enriquecimento intelectual dos alunos e pesquisadores que optarem pela realização de um dos cursos oferecidos pela UBI, tendo certificação autenticada pelas duas universidades. “Quero agradecer a todos os presentes e a todos os envolvidos nesse projeto que facilitará a mobilidade acadêmica e aperfeiçoará a formação dos estudantes e dos docentes”, declarou o reitor em seu pronunciamento.

Após a visita à Fic, o reitor da UBI, professor António Fidalgo, acompanhado do vice-reitor de Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais da mesma instituição, João Canavilhas, realizou palestra no auditório do bloco C da Faculdade de Educação Física e Fisioterapia (Feff) sobre a viabilização de intercâmbios e constatações dos motivos pelos quais a experiência é benéfica dos pontos de vista acadêmico, profissional e pessoal. Além dos dois gestores, estiveram presentes o diretor da Fic, professor Allan Rodriguez; a assessora de Relações Internacionais e Interinstitucionais da Ufam, Leda Brasil; docentes, técnico-administrativos em Educação (Tae) e estudantes da Fic.

Para o reitor António Fidalgo, os ganhos que a realização dos cursos ofertados pela UBI, tanto de graduação quanto de pós-graduação pode proporcionar são imensuráveis, principalmente por se tratar de uma das melhores universidades da Europa em qualidade de ensino, estando entre o ranking das 150 melhores instituições de ensino superior do mundo e por possibilitar o contato entre culturas distintas.
“A Universidade reúne pessoas que, apesar de atuarem em áreas diferentes, possuem em comum a paixão pelo conhecimento e o desejo de aprender mais. O crescimento e os avanços só são possíveis através da chegada de mais estudantes, professores e pesquisadores para a formação da massa crítica necessária para manter os processos em cadeia, tal como uma lareira, que não permanece em chamas com apenas um galho e torna-se mais eficaz com a junção de maior quantidade de madeira”, observou o gestor, ao citar uma analogia.

Intercâmbio
Gestores conheceram o novo bloco da FicGestores conheceram o novo bloco da FicAs seleções que viabilizarão a transferência de discentes locais para a UBI em Covilhã serão realizadas através de editais a serem divulgados pela Ufam, cuja publicação está prevista para fevereiro de 2019. A anualidade dos cursos de graduação para estudantes internacionais é de 5 mil euros (cerca de 20 mil reais), porém os pertencentes à Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) são automaticamente beneficiados com uma bolsa de 40% do valor estipulado. As anualidades dos cursos de pós-graduação variam entre 1500 euros (mestrado) e 2000 euros (doutorado), sendo descontados 20% aos alunos membros da CPLP.

Bolsas de estudo
Bolsas parciais para os cursos de graduação são concedidas aos estudantes que obtiverem as notas mais elevadas no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), e para mestrandos e doutorandos, os órgãos financiadores são a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Cnpq). Outras alternativas são o programa Ciências Sem Fronteiras (CSF) e o Programa de Licenciaturas Internacionais (PLI).

Vice-reitor de Ensino, Internacionalização e Saídas Profissionais da UBI, João Canavilhas destacou ainda a disponibilização de bolsas específicas do programa Erasmus, que facilita a mobilidade acadêmica através de diversos financiamentos incluídos em um só projeto. Outra modalidade é criada a partir do contato constante com organizações privadas, para verificar se suas demandas permitem o custeio dos estudos de pessoas interessadas. “Da nossa parte, será oferecida a infraestrutura, o apoio e o enquadramento dos temas das pesquisas submetidas à própria universidade. A preocupação com hospedagem será excluída, pois os alunos ficariam nas acomodações da UBI”, concluiu.