UFF constrói prédios no campus do Gragoatá, em Niterói, para atender novos cursos e aumento de vagas

RIO – Quem der uma volta pelo campus do Gragoatá da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, vai se surpreender com a quantidade de canteiros de obras: são cinco novos prédios em construção (mais quatro devem começar em 15 dias). Tudo para dar conta do crescimento, já que, no vestibular 2011, cujas inscrições começam nesta terça-feira , serão oferecidas 7.812 vagas, três mil a mais do que há quatro anos.

O aumento é parte do programa de expansão da universidade. Neste ano, três cursos novos serão oferecidos: Ciências Atuariais, Desenho Industrial e Sistemas de Informação, todos em Niterói.

– Se tudo ocorrer dentro do previsto, a partir do ano que vem as unidades vão começar a se mudar, à medida que as instalações ficarem prontas. Até um tempo atrás, ninguém acreditava que isso fosse possível – conta o reitor da universidade, Roberto Salles.

O reitor explica que as mudanças dos cursos seguem o Plano Diretor aprovado pela UFF há 40 anos, mas nunca finalizado. A ideia é concentrar nos campus do Gragoatá, Valonguinho e Praia Vermelha as unidades de acordo com interesses comuns.

Para o Gragoatá se mudarão o Instituto de Biologia e a Faculdade de Administração e Ciências Contábeis, que estão atualmente no Valonguinho, além do Instituto de Artes e Comunicação Social (Iacs), que ocupa um casarão no bairro de São Domingos.

Já o Instituto de Matemática e o Instituto de Química, que também estão no Valonguinho, vão para o campus da Praia Vermelha. Segundo Salles, esta era uma demanda antiga, já que esses institutos agora ficarão próximos da Escola de Engenharia, da Escola de Arquitetura e Urbanismo, do Instituto de Física e do Instituto de Computação, que possuem diversas disciplinas em comum.

– Como reitor, não estou inventando nada. Eu apenas peguei o que já tinha sido aprovado no Plano Diretor da universidade há 40 anos, mas não foi colocado em prática totalmente. Nossa prioridade é que os alunos se movimentem o menos possível entre os campi para ter aula – afirma o professor.

Também está prevista a construção de um alojamento estudantil no Gragoatá, com capacidade para receber cerca de 300 alunos, que se arrasta há bastante tempo. O reitor atribui o atraso a um problema com o projeto, já que o autor, aluno da universidade, não quis cedê-lo gratuitamente e foi preciso utilizar um projeto mais antigo. Sobre as vagas, ele reconhece que não são suficientes, mas considera um bom começo, “já que não temos nada hoje”.