UFLA faz Extensão reuniu mais de 900 pessoas

Mais de 900 pessoas tiveram a oportunidade de participar de mais um UFLA faz Extensão e presenciar o caráter extensionista da Universidade, nessa quarta-feira (23/11). Foram mais de 30 atividades, totalmente gratuitas e abertas a todos os públicos e idades. O evento, promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), buscou ofertar ações que dialoguem diretamente com a realidade da região.

Preparo e uso de chás medicinais, produção de mudas e hortaliças, fermentação láctea para produção de iogurte, manejo da fertilidade do solo, maneiras simples de consumir pescado regularmente, processamento de alimentos de origem vegetal, fabricação de massas alimentícias, alimentos de baixo custo que trazem benefícios para a saúde, produção de ovos em sistema alternativo, conceitos básicos para produção de frangos em sistema caipira, foram alguns dos cursos oferecidos.

Thaís de Alvarenga Pinto, proprietária de restaurante, conseguiu aprimorar os seus conhecimentos com relação à produção de hortaliças. “Esse curso de extensão da UFLA foi realmente muito bom porque eu já possuo uma horta pequena, que atende o restaurante e tenho planos de ampliar. Então aqui eu aprendi a como fazer composto, irrigação, quantidade de luz que as hortaliças precisam, então agora vou produzir as minhas mudas, com uma qualidade melhor. Agora, o resultado desse curso, no meu caso, vai parar direto para a mesa do consumidor”.

O evento também contou com a presença de estudantes do ensino médio, que estiveram pela primeira vez, como Ramon Botelho Carvalho, que fez questão de participar de mais de um curso. “Este é o meu segundo curso hoje, os cursos são ótimos e vale muito a pena. Sai de Nepomuceno só para participar. Estou pensando em cursar veterinária, quem sabe serei um futuro estudante da UFLA”.

Desta vez o evento também contou com atividades esportivas adaptadas para pessoas com deficiência. Victor Alejandro Brito, natural de El Salvador, mora em Lavras há três anos e é aluno da Associação Conquista de Pessoas com Deficiência de Lavras. Com tetraplegia espástica, Vitor esteve satisfeito com a tarde de atividades no ginásio da UFLA. “Minha tarde está sendo muito boa e produtiva. A gente precisa ter conhecimento sobre diversos esportes, seja adaptado ou não para pessoas com deficiência como somos nós. Eu acredito que hoje em dia a maioria das escolas devia ter pelo menos uma matéria que explique e que fale sobre os esportes adaptados para pessoas com deficiência. Dentre as atividades que realizei aqui, a que mais gostei foi a bocha adaptada”.

Já o técnico de laboratório Márcio dos Santos Nogueira  participou do curso “Peixe na Mesa: maneiras simples de consumir pescado regularmente”. Ele, que nunca havia participado, disse ter ficado muito satisfeito com o evento. “Já gosto de pescar, aí vim aprender a fazer o peixe de outra forma”.

Orlando Gonçalves Brito, que está no pós-doutorado no Departamento de Agricultura da UFLA e atua como docente voluntário vê o evento como a extensão realmente aplicada. “É uma oportunidade que temos para apresentar o que é produzido dentro da universidade, de mostrar os produtos que temos e que são desenvolvidos para a sociedade em si. Essa é uma excelente forma de mostrar o retorno do investimento que toda a sociedade faz para a universidade. Durante o evento a comunidade pode desfrutar um pouco daquilo que é financiado por eles, na verdade. Então o UFLA faz extensão leva a tecnologia, as pesquisas e aborda como tem sido o desenvolvimento de tudo que ocorre aqui para a sociedade. Uma verdadeira interação universidade e comunidade, pois temos a oportunidade de estarmos nesse convívio direto com a população”.

O pró-reitor de Extensão e Cultura, professor Granate de Sá e Melo Marques, destacou a importância do evento e salientou as melhorias que ainda devem ocorrer nas próximas edições. “Acho que ainda não podemos dizer que o evento está da maneira como queremos, ainda temos muito para crescer. A feira Agroecológica que nasceu no evento do ano passado hoje está consolidada às quartas-feiras no câmpus. Estamos satisfeitos e acredito que cada ano será melhor”.