UFMS inaugura laboratório onde será monitorado gás liquefeito de petróleo

Por meio de um acordo de cooperação firmado com a Copagaz, empresa do grupo Zahran que atua no mercado de distribuição e comercialização de gás liquefeito de petróleo (GLP), e a Superinspec, empresa que opera nas áreas de supervisão, vistoria e inspeção de produtos, a UFMS irá monitorar o gás liquefeito de petróleo que será importado da Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos e comercializado no estado e região Centro-Oeste. A atividade será realizada no Laboratório de Análise de GLP, inaugurado ontem (16) nas dependências do Instituto de Química na Cidade Universitária.

“É uma satisfação muito grande estar aqui hoje com essa equipe inaugurando o Laboratório de Análise de GLP e firmando essa parceria com a Copagaz e Superinspec. O maior patrimônio da UFMS é seu capital intelectual, são nossos pesquisadores, professores, técnicos e alunos de diferentes áreas de conhecimento que se empenham em desenvolver pesquisas e tecnologia para melhorarmos o nosso País. As cooperações vêm para trazer benefícios para todos, com as empresas proporcionando equipamentos que muito vão colaborar com a formação dos recursos humanos e com a geração das pesquisas, e com nossos pesquisadores colaborando com a sociedade, entregando serviços e gerando conhecimentos que o Brasil precisa para se desenvolver de maneira sustentável. Agradeço a toda a equipe da nossa Universidade pelo empenho para que essa análise possa ser feita aqui e pela confiança que nos é depositada pela Copagaz, Superinspec e ANP”, afirmou o reitor Marcelo Turine.

Cézar Caram Issa, superintendente da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), destacou que este foi o primeiro grande passo de muitos que virão em prol da sociedade brasileira. “Parabenizo a Copagaz pela iniciativa e a eficiência da UFMS no atendimento à demanda”, disse.

Ivan Fuerte, representando a YPFB, declarou que a comercialização do gás natural no Brasil é uma operação que a empresa buscava há bastante tempo. “Termos consolidado isso com o apoio das empresas, da ANP e da Universidade nos permite vislumbrar a diversificação e ampliação dos serviços, em benefício tanto da Bolívia quanto do Brasil”.

Caio Turqueto, presidente do grupo Zahran, lembrou que “nos últimos anos enfrentamos problemas e crises de abastecimento e a greve em 2018 disparou um alerta para a situação do Centro-Oeste enquanto região distante das bases de petróleo. Buscamos então a importação do gás liquefeito que surgiu como solução. Ficou a percepção de que quando enfrentamos momentos de crise devemos abrir o foco e buscar soluções alternativas. Creio que a partir dessa cooperação outros desdobramentos devem surgir para benefício da sociedade. Agradeço particularmente a Universidade pelo empenho e rapidez no desenvolvimento deste grande projeto”.

Pedro Alberto de Mattos da Superinspect reiterou a satisfação com a cooperação. “Montamos o laboratório em conjunto com a Universidade e estamos muito felizes em apresentar as novas técnicas e equipamentos que trouxemos para atender à Portaria da ANP e demais exigências para a comercialização do gás. Queremos mostrar a qualidade com que trabalhamos e temos certeza que vamos imprimir em conjunto nesse projeto”, comunicou.

O diretor do Instituto de Química, Lincoln Carlos de Oliveira manifestou também a alegria em participar do momento e declarou que a o Instituto está aberto a novas parcerias e cooperações, que são diversas as possibilidades de serviços e pesquisas a serem realizados no local. O coordenador do laboratório na Universidade, Carlos Eduardo Domingues Nazário, também celebrou o momento, “que é fruto de muito trabalho e dedicação de toda a equipe em prol da preparação do laboratório. Muito obrigado a todos os envolvidos”, finalizou.

Na solenidade, além da assinatura e descerramento da placa e da faixa de inauguração, o grupo Cavagna fez a demonstração de diversos equipamentos que funcionam com a utilização de gás.

Análise e certificação

O gás será trazido da Bolívia ao estado já com a certificação do governo boliviano. Ao chegar à Copagaz receberá a inserção de odor, para atender à norma de segurança da legislação brasileira. Após esse processo precisa passar por novas análises, que serão realizadas no Laboratório de Análise do GLP da UFMS. Os resultados serão então enviados à Superinspect, que irá certificar o produto, possibilitando a comercialização dentro dos parâmetros exigidos no Brasil.