“A ampliação de investimentos em ciência,tecnologia e inovação no Estado, voltados para a geração de conhecimento cientifico e tecnológico, orientado para a solução de problemas econômicos e sociais, é premissa para o desenvolvimento”, disse ontem (20) a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lucia Cavalli Neder, durante a abertura do Fórum Nacional do Conselho dos Secretários Estaduais de Ciência e Tecnologia (Consecti). A solenidade no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, teve a presença dos ministros da Ciência e Tecnologia e Inovação, Clélio Campolina, e da Agricultura, Neri Geller e do governador de Mato Grosso, Silval Barbosa.

A reitora lembrou que o governo de Mato Grosso e as instituições de ensino superior estão empenhados na implantação do ParcTec-MT. Segundo ela, esse parque vai permitir a reunião dos ingredientes básicos para impulsionar a inovação, por meio da instalação de empresas de base tecnológica. “O Governo do Estado já disponibilizou recursos para contratação de consultoria especializada, além de ceder uma área de 80 hectares para implantação do parque”, disse. Essa área está situada próximo de onde serão os novos campus da UFMT e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), em Várzea Grande.

Para o governador, hoje em dia não se pode falar em desenvolvimento sustentável sem falar em inovação. Para Mato Grosso, um estado em que predomina o agronegócio, a tecnologia está atrelada fortemente ao desenvolvimento do setor. “Este encontro pode gerar indicações que podem ser muito bem trabalhadas, ou para melhorar a legislação ou para criar programas específicos para ajudar o Brasil como um todo e Mato Grosso especificamente”, disse.

Os avanços que acontecem na indústria, como a fabricação de novas máquinas que são empregadas na agricultura, exigem a qualificação da mão de obra. “Por isso temos que investir na tecnologia de ponta e por isso estamos investindo na criação de um parque tecnológico aqui em Mato Grosso”, disse. O governador lembrou que a lei de criação do ParcTec-MT já foi aprovado e o Governo já disponibilizou uma área para sua implantação.

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, disse que as políticas na área de tecnologia têm que ser debatidas no conjunto, mas as especificidades, como a de Mato Grosso e dos estados amazônicos, têm que ter um tratamento diferenciado. “Vou receber o Plano Nacional de Desenvolvimento Amazônico que tem fortes implicações sobre Mato Grosso e vamos procurar uma política nacional de desenvolvimento cientifico e tecnológico, mas ao mesmo tempo fazer o recorte regional dessa política, porque as tecnologias têm que ser adaptadas às necessidades regionais”, disse. Clelio Campolina destacou que nos próximos anos o Brasil vai ter que investir na educação básica para desenvolver efetivamente a área tecnológica.

Rafael Bastos, secretário de Ciência e Tecnologia de Mato Grosso, disse que o Fórum vai debater a Lei de Inovação, que este ano comemora 10 anos de sua promulgação. Segundo ele, essa lei foi importante no desenvolvimento tecnológico, pois garantiu recursos para a pesquisa e ciência. O presidente do Consecti, Jadir Pela, também destacou a importância da Lei e, durante sua fala, pediu ao ministro que os editais também possam atender as universidades estaduais.

Pela UFMT, participaram, ainda, o vice-reitor João Carlos Maia, o pró-reitor de Pesquisa, JoanisTilemahosZerwoudakis e o coordenador de Pesquisa, Marinaldo Divino Ribeiro, a pró-reitora de Ensino de Pós-Graduação, Leny CaselliAnzai e os integrantes do Escritório de Inovação Tecnológica (EIT).

Programação

Nesta sexta-feira (21), o evento está sendo realizado no Hotel Deville, no centro de Cuiabá. O diretor do Centro de Gestão de Estudos Estratégicos (CGEE), Antônio Carlos Galvão, ministrou palestra sobre “A importância dos Planos Regionais para a construção de uma estratégia local” e começou às 11 h a reunião interna do Consecti, que trata do acordo de cooperação do Conselho com o Ministério da Educação, missão internacional, plano de Ciência e Tecnologia para as regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, planejamento estratégico, parceria com a