Começou na última segunda-feira (04) e vai até amanhã (07) o treinamento para os participantes do “Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica)”, com financiamento do Ministério da Saúde e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat). O estudo, que será realizado com adolescentes de todo o Brasil, analisará as condições de saúde dos jovens de 43 escolas de Cuiabá e Várzea Grande nos meses de março, abril, maio e junho deste ano. O principal objetivo do estudo, é saber quantos adolescentes têm alterações do açúcar ou das gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada e assim avaliar algumas condições de saúde importantes na população de estudo.

A fase inicial da pesquisa aconteceu no ano passado, quando foram verificadas as possibilidades de execução do estudo em Mato Grosso. A partir do dia 18 desse mês, as atividades de campo terão início, a fim de gerar a mostra representativa do Estado.

No treinamento são usadas apostilas para orientação, aparelhos de palmtop e netbooks, instrumentos de trabalho a serem utilizados nas atividades de campo, nas escolas. Participam dessa etapa do trabalho, a coordenadora do projeto em Mato Grosso, professora Gisela Soares Brunken, do Instituto de Saúde Coletiva da UFMT; o coordenador do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) no Centro-Oeste, Flávio Ragusa, e as coordenadoras executivas do estudo nacional, Gabriela de Azevedo Abreu e Laura Augusta Barufaldi, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O Erica conta com a participação de várias instituições de pesquisa e ensino do país, é coordenado pelo Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (IESC) da UFRJ e está sob a coordenação geral do professor Moysés Szklo. Os equipamentos utilizados no estudo na UFMT são provenientes do Comitê Central do estudo, na UFRJ.

Após o período de treinamento, serão selecionados, dentre os participantes do estudo, oito supervisores, para campo e para escola. A seleção será feita baseada no currículo, treinamento e perfil do candidato. Serão formadas quatro equipes para atuar nos estabelecimentos de ensino do Estado, que contarão com mais cinco pessoas selecionadas e treinadas pelo Ibope.

“O principal objetivo do estudo é saber quantos adolescentes têm alterações do açúcar ou das gorduras no sangue, excesso de peso ou pressão arterial elevada e assim avaliar algumas condições de saúde importantes na população de estudo. A compreensão dos problemas de saúde investigados nesta pesquisa pode auxiliar a prevenção de doenças na população geral do Brasil”, afirma a coordenadora em Mato Grosso, professora Gisele Brunken.

Ela explica que na pesquisa de campo, nas escolas, serão realizadas medidas de peso, circunferência da cintura, altura e pressão arterial. Nos alunos das turmas da manhã serão realizados exames de sangue para avaliar colesterol (total, triglicerídeos e HDL), glicose (açúcar), insulina e hemoglobina glicada (um exame que detecta, nos diabéticos, como foi o controle da doença nos últimos 60 a 90 dias).

O adolescente que participar do estudo também responderá a um questionário sobre hábitos de vida, tais como alimentação, prática de atividade física, saúde oral, participação no mercado de trabalho, entre outros fatores que podem estar relacionados com doenças cardiovasculares. Essa entrevista levará cerca de trinta minutos. “Precisaremos também da participação do responsável, que deverá responder a um questionário sobre o histórico de doenças na família, assim como dados de infância do adolescente”, diz a Gisela Brunken, que tem pós-doutorado em Nutrição Humana pela UFRJ e participou do planejamento da pesquisa “Erica”.

Ascom UFMT