UFPA – Editora reedita a poesia completa de Max Martins

A Editora da UFPA lançou mais três volumes da coleção Max Martins Poesia Completa: “60/35”, “Anti-retrato” e “Marahu poemas”, no estande da ed.ufpa na XXII Feira Pan-Amazônica do Livro. O lançamento ocorreu nesta quarta-feira, 6 de junho. Antes do lançamento, houve sessão de leitura de poemas de Max com os poetas Age de Carvalho, Rosângela Darwich, Vasco Cavalcante e a professora Mayara Guimarães.

Foto corpo matéria 373x212Segundo livro de Max Martins, “Anti-retrato” traz o prefácio da professora da USP Eliane Robert de Moraes e posfácio de João Mendes da Silva. Prefaciado pelo escritor Luiz Costa Lima, “60/35” foi publicado pela primeira vez em 1986 e chega, então, à sua quarta edição. Michel Riaudel assina o prefácio de “Marahu poemas”, penúltimo livro publicado por Max em vida.

Com essas publicações, o leitor disporá da reedição, em dez volumes, iniciada em 2015, há exatos três anos, de toda a obra que Max Martins deixou em vida, restando apenas, para a conclusão da coleção, a publicação de “Say it (over and over again)”, que reunirá poemas inéditos, esparsos e fragmentos, prevista para 2019.

Poesia Completa – Organizada por Age de Carvalho, poeta homenageado da XXII Feira Pan-Amazônica do Livro, a Coleção Max Martins Poesia Completa, reconhecida e aclamada por sua excelência gráfica e editorial, solidifica seu objetivo de resgatar a presença literária e expandir a abrangência dos versos daquele que é considerado um dos maiores poetas paraenses.

Max Martins nasceu em 20 de junho de 1926, em Belém do Pará. Seus primeiros textos foram publicados no jornal O Colegial. Entre 1946 e 1951, passa a publicar regularmente no suplemento literário da Folha do Norte os poemas que viriam a integrar o seu livro de estreia, O estranho (1952).

om edições esparsas durante as décadas de 1950 até o final da de 1970, Max publicou intensamente durante toda a década de 1980. É nesta década também que constrói a sempre sonhada cabana na praia do Marahu, na ilha do Mosqueiro, emblemática dentro de sua obra, e mantém intensa cooperação com Age de Carvalho, com quem passará longa temporada de seis meses em Viena, Áustria, em 1990. De 1991 a 1994, dirigiu a Fundação Cultural Casa da Linguagem, em Belém. Em 1993, recebeu o Prêmio Olavo Bilac de poesia, da Academia Brasileira de Letras, pelo livro Não para consolar. Sai na Alemanha a tradução de Para ter onde ir (Der OrtWohin), de Burkhard Sieber, em 2006. Em 2001, foi agraciado com o título de doutor honoris causa pela UFPA. Max Martins faleceu em 9 de fevereiro de 2009, em Belém, aos 82 anos.