UFPA recebe Fórum Brasilianas para debater desenvolvimento includente

Como superar as barreiras para o desenvolvimento amplo e sustentado em todo o território nacional, aproveitando as diversidade de cada região? Essas são algumas das questões elaboradas para serem debatidas no Fórum Brasilianas Desenvolvimento Regional includente e sustentável, promovido pela Universidade Federal do Pará, em parceria com a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e a Plataforma Brasilianas.

O evento será no dia 8 de Junho, trazendo uma série de painéis ao longo da manhã e da tarde. As atividades ocorrerão no Centro de Eventos Bendito Nunes na UFPA (R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém – PA, 66075-110).

Dentre os palestrantes confirmados no evento estão o Reitor da UFPA, Emmanuel Tourinho, e o Coordenador Geral de Elaboração e Avaliação dos Planos de Desenvolvimento da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), Adagenor Lobato Ribeiro. Também participarão dos painéis a Secretária-Adjunta de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica do Governo do Pará, Maria Amélia Enriquez; o professor da Universidade Federal do Pará no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA), Francisco de Assis Costa; a responsável pela implantação do Programa de Ação Afirmativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário, Zélia Amador de Deus; e a professora Titular da Universidade Federal do Pará, atuando no NAEA/UFPA, Edna Castro. O evento também contará com vários momentos de participação da plateia.

Inscrições e demais informações a respeito do Fórum Brasilianas podem ser obtidas pelo e-mail brasilianasforuns@gmail.com. A programação do evento segue abaixo.

Fórum Desenvolvimento Regional Includente e Sustentável
Organização UFPA | Andifes | Brasilianas

DATA: 08 de Junho
Local: Centro de Eventos Benedito Nunes – UFPA
R. Augusto Corrêa, 01 – Guamá, Belém – PA, 66075-110
Horário: das 9h30 às 16h10
Inscrições: brasilianasforuns@gmail.com
*Com emissão de certificado digital

Abertura – A importância de equalizar as diferenças regionais

As desigualdades regionais no Brasil constituem um fator de entrave ao processo de desenvolvimento como amplamente já é reconhecido por especialistas e gestores políticos, tanto que um dos objetivos fundamentais do país, como descrito na Constituição de 1988, é a redução das desigualdades entre regiões. O objetivo deste painel é fazer um diagnóstico do quadro brasileiro e levantar políticas e ações que já foram bem-sucedidas para reverter os níveis de desigualdades apresentando linhas para novas propostas.

Convidados:

9h30 – 10h – Emmanuel Tourinho, presidente da Andifes e reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA)

10h – 10h30 – Sônia Maria Simões Barbosa Magalhães Santos, possui graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1978), mestrado em Ciências Sociais pela Universidade Federal da Bahia (1983), doutorado em Antropologia pela Universidade Federal do Pará (UFPA) e em Sociologia pela Université de Paris 13 (2007). Atualmente é Professora Visitante da UFPA, vinculada ao Núcleo de Meio Ambiente, onde é Professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Gestão dos Recursos Naturais e Desenvolvimento Local na Amazônia. É pesquisadora colaboradora do Laboratório CERAL (Centre d’Etudes et de Recherches sur l’Action Locale) da Univeridade Paris 13 (França) e do Laboratório de Meios Aquáticos do Museu Paraense Emilio Goeldi.

Mediador: Luis Nassif, jornalista e idealizador do Projeto Brasilianas.

10h30 – 10h50 – Participação da Plateia

1º Painel – Instrumentos para transformar a diversidade regional brasileira em trunfo para o desenvolvimento

Muitos estudos sobre o tema apontam que é possível reduzir as desigualdades regionais ativando os potenciais de desenvolvimento das regiões, mas para que isso ocorra é necessário um referencial nacional comum, capaz de produzir os efeitos desejados. Para se ter ideia do desafio nacional, segundo levantamento divulgado pelo governo Federal, em 2011, a unidade da federação com o Produto Interno Bruto per capita (a preços de mercado) mais elevado supera em cerca de 9 vezes o da unidade com pior situação neste indicador. Essas diferenças de capacidade de produção impactam diretamente na perspectiva de qualidade de vida nos estados mais pobres. Neste painel propomos apresentar os instrumentos criados para combater a desigualdade regional.

Convidados:

10h50 – 11h20 – Edna Castro, doutora em Sociologia pela Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Paris, 1978-1983). Professora Titular da Universidade Federal do Pará, atuando no Núcleo de Altos Estudos Amazônicos/NAEA/UFPA.

11h20 – 11h50 – Zélia Amador de Deus, doutora em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Pará (2008) onde é docente e atua como assessoria de Diversidade. Implantou e coordenou o Programa de Ação Afirmativa do Ministério do Desenvolvimento Agrário (2001 a 2003). Membro da Comissão Técnica Nacional de Diversidade para Assuntos Relacionados à Educação dos Afro-Brasileiros – CADARA. Co-fundadora do Grupo de Estudos Afroamazônico da UFPA (2003).

Mediador: Luis Nassif.

11h50 – 12h10 – Participação da Plateia

12h10 – 13h30 – Pausa para o Almoço

2º Painel – Arranjos produtivos locais e sistemas locais de inovação

Entre as estratégias para combater o desenvolvimento regional está o incentivo aos arranjos produtivos locais (APLs), termo que se refere a um conjunto de atividades econômicas correlatas e que apresentam vínculos de produção, interação, cooperação e aprendizagem. No Estado do Pará, por exemplo, as atividades econômicas que se destacam são agricultura, pecuária e mineração. Como aproveitar o sistema econômico já estabelecido e desenvolver novos sistemas locais de inovação? Essas são as principais questões que esse painel procura responder.

Convidados:

13h30 – 14h Francisco de Assis Costa, doutor em Economia pela Freie Universität Berlin (1988), Alemanha. Professor da Universidade Federal do Pará, no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido do Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA) e no Programa de Pós-Graduação em Economia da Faculdade de Economia, além de Pesquisador ativo da Rede de Pesquisa em Sistemas e Arranjos Produtivos e Inovativos Locais (RedeSist, UFRJ) e da Rede Temática de Pesquisa em Modelagem Ambiental da Amazônia (Projeto GEOMA).

14h – 14h30 – Maria Amélia Enriquez, economista, PhD em desenvolvimento sustentável pelo Centro de Desenvolvimento Sustentável da Universidade de Brasília. Professora e Pesquisadora da Faculdade de Economia da Universidade Federal do Pará. Entre 2009-2015 atuou como membro científico do Painel Internacional de Recursos (International Resources Panel), uma entidade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (UNEP) especialmente voltada para o estudo, debate e difusão do conhecimento científico dos recursos naturais e sua interação com a sociedade. Entre 2008 a 2011, foi assessora da Secretaria de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do Ministério de Minas e Energia (MME), do Governo Federal, onde atuou na elaboração do Plano Nacional de Mineração e na proposta de mudança da lei dos royalties minerais. Desde 2011, atua na gestão pública do Governo do Estado do Pará, como Secretária-Adjunta de Estado de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica.

Mediador: Luis Nassif.

14h30 – 14h50 – Participação da Plateia

3º Painel – Cooperação entre entes federativos, forças sociais e setores produtivos

O desenvolvimento regional includente e sustentável depende fundamentalmente de bom planejamento com a participação dos principais entes da federação, caso contrário estará fadado ao fracasso. O diálogo e convenções acima de qualquer bandeira partidária e ideológica, portanto, são decisivas na promoção de propostas e políticas para reverter o quadro de desigualdade atual no país. O presente painel propõe discutir formas de superar essas barreiras em benefício do Estado-Nação.

Convidados:

14h50 – 15h20 – Adagenor Lobato Ribeiro, Tecnólogo em Processamento de Dados pela Universidade Federal do Pará – UFPA (1983), mestre em Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1990) e doutor em Desenvolvimento Sustentável do Trópico Úmido pela UFPA (2001) onde, atualmente, é coordenador-geral de elaboração e avaliação de planos da Agência de Desenvolvimento da Amazônia e docente – Professor Assistente 4. Tem experiência na área de Ciência da Computação, com ênfase em Engenharia de Software, atuando principalmente nos seguintes temas: engenharia de software, Amazônia, indicadores de sustentabilidade, desenvolvimento sustentável e mensuração de sustentabilidade.

15h20 – 15h50 – João Marcio Palheta da Silva, Bacharel e Licenciado em Geografia pela Universidade Federal do Pará (1995), com Especialização em Desenvolvimento de Áreas Amazônicas (FIPAM) pelo Núcleo de Altos Estudos Amazônicos (NAEA/UFPA, 1996), Mestrado em Planejamento do Desenvolvimento pela Universidade Federal do Pará/NAEA (1999) e Doutorado em Geografia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho/Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT/UNESP Presidente Prudente-SP, 2004). Atualmente é Professor Associado III da Universidade Federal do Pará, pertencente à Faculdade de Geografia e Cartografia, desenvolvendo atividades de ensino, pesquisa e extensão na graduação e no Programa de Pós-Graduação em Geografia. É líder do Grupo Acadêmico Produção do Território e Meio Ambiente na Amazônia (GAPTA/CNPq), ex-tutor do Programa de Educação Tutorial (PET/MEC) da Faculdade Geografia e Cartografia, ex-Diretor-Adjunto do IFCH (2006-2010), membro do Conselho Diretor da FADESP , ex-Diretor-Geral do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas (2010-2014) da Universidade Federal da UFPA, bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq – Nível 2, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Pará (IHGP) e Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Geografia (UFPA). Tem experiência na área de Geografia, com ênfase em Análise Regional, atuando principalmente nos seguintes temas: Gestão e Ordenamento Territorial, Organização Econômica dos Territórios de Mineração na Amazônia, Geopolítica dos Recursos Minerais e Impactos Socioeconômico-ambientais dos Grandes Empreendimentos na Amazônia.

Mediador: Luis Nassif.

15h50 – 16h10 – Participação da Plateia

Encerramento