UFPI apresenta proposta de curso de Direito para Comunidades Quilombolas

Foi realizada no Salão Nobre da Reitoria, na tarde desta quinta-feira (24), a apresentação de uma proposta à Administração Superior da Universidade Federal do Piauí (UFPI) para a criação de um curso de Direito para Comunidades Quilombolas. A proposta é que o curso tenha as mesmas bases de uma graduação convencional de Direito, com duração de cinco anos.

De acordo com a Vice-Reitora da UFPI, Profa. Dra. Nadir Nogueira, a política de inclusão da Universidade está sendo intensificada na atual gestão da Instituição. “Hoje, não possuímos muros na Universidade e sim pontes, e essa é mais uma que estamos criando, com financiamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), por meio do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), e criada pelo Núcleo de Pesquisa Sobre Africanidades e Afrodescendência (Ifaradá), que trabalha com essa política de inclusão. Estamos buscando construir essa ideia, para que ela seja consolidada”, afirma.

Segundo a Coordenadora do projeto, Maria Sueli, a criação do curso será um grande passo na ampliação de ingresso ao ensino superior . “A Universidade amplia ações políticas de acesso à Instituição além das cotas e, sendo o primeiro curso voltado para quilombolas, a UFPI será pioneira na região”, destaca.

Para o integrante da Coordenação de Articulação das Comunidades Quilombolas do Brasil, Antônio Bispo, o curso contribuirá para o reconhecimento dos direitos quilombolas pelo Estado. “É preciso formar nossos jovens para que eles possam defender seu povo e, por isso, é importante que a Universidade recepcione e execute essa ideia”, disse.

Estiveram reunidos os representantes da Chefia do Departamento de Ciências Jurídicas da UFPI, Organização dos Advogados do Brasil (OAB), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera) e Coletivo de Advogados Populares.

Assessoria de Comunicação da Universidade Federal do Piauí