UFPR – HC e Secretaria de Saúde de Curitiba acompanham pacientes após a alta

Com a finalidade de dar suporte à saúde do paciente e gerir de forma estratégica o processo de alta hospitalar, o Complexo do Hospital de Clínicas (CHC), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Curitiba lançaram nesta segunda-feira (29) um projeto pioneiro de acompanhamento do paciente após sua liberação do hospital.
O Serviço de Gestão de Alta interliga o Hospital à rede básica de saúde, permitindo acompanhar e orientar o paciente, dando suporte à continuidade do tratamento de pessoas com doenças crônicas, ou que precisam estender os cuidados no domicilio, ou ainda dos que fazem uso de dispositivos e/ou necessitam de reabilitação.
Os pacientes que receberem atendimento do CHC e que ainda carecerem de acompanhamento serão assistidos por suas unidades locais de saúde, podendo, dessa forma, continuar seu tratamento com maior segurança e evitando complicações após a alta ou reinternações. Tanto o serviço de saúde do Hospital quanto os pacientes acabam ganhando: este porque terá maior comodidade e suporte estendido ao tratamento após a alta, aquele por ter a possibilidade de se dedicar a outros pacientes que necessitam de atendimento especializado.
A superintendente do CHC, Claudete Regianni, disse que, além de beneficiar a população, o programa é importante para a formação dos profissionais no hospital. Foto: Marcos Solivan – Sucom/UFPR
A superintendente do CHC, Claudete Reggiani, lembrou que, além da população e do serviço de saúde como um todo, o projeto beneficia ainda os profissionais que são formados pelo Hospital. “Hoje nós estamos mostrando a teoria de uma universidade pública, num serviço inédito, entregue na prática à sociedade”.
A inovação é fruto de um trabalho acadêmico que iniciou no Programa de Mestrado em Enfermagem da UFPR e mostrou a viabilidade da implantação na realidade do HC. Desde agosto de 2017 um projeto piloto estava sendo testado no CHC. Mais de 450 pacientes já participaram do programa e apenas 8 precisaram ser internados novamente.
O reitor da UFPR, Ricardo Marcelo da Fonseca reforçou a posição que a academia ocupa no País: “Somente com investimento na academia, na formação, na ciência e na tecnologia é que lograremos êxitos como este. O Programa de Gestão de Alta é uma ideia que surge na pós-graduação stricto sensu da nossa Universidade, num Hospital Escola, como projeto de pesquisa e resulta num trabalho que dialoga com a Secretaria de Saúde. Um projeto que vira política pública”.
Presente na cerimônia, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, destacou a importância do capital humano para a eficácia dos serviços de saúde: “Leitos e equipamentos são importantes. Mas quem faz o hospital são as pessoas. Quero então parabenizar o HC pela qualidade de seus servidores”.
Para o presidente da Rede Ebserh, Kleber Morais, o projeto é importante para a comunidade que receberá o atendimento: “Um hospital universitário tem a função de formar, mas não pode dar as costas à saúde pública. É importante estar inserido nesse sistema”, explicou.
Na tarde desta segunda-feira, foram apresentados os novos funcionários que irão ampliar o atendimento no Complexo HC para a população que depende desse serviço. Com a nomeação desses empregados – contratados por meio de concurso promovido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), estatal vinculada ao Ministério da Educação (MEC) que administra o complexo hospitalar – o CHC poderá reabrir 130 leitos.
Desde outubro de 2014, o CHC-UFPR faz parte da Rede Ebserh. Estatal vinculada ao Ministério da Educação, a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) atua na gestão de hospitais universitários federais. O objetivo é, em parceria com as universidades, aperfeiçoar os serviços de atendimento à população, por meio do SUS, e promover o ensino e a pesquisa nas unidades filiadas.
A empresa, criada em dezembro de 2011, administra atualmente 39 hospitais e é responsável pela gestão do Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf), que contempla ações em todas as unidades existentes no país, incluindo as não filiadas à Ebserh.