UFRA – Pesquisa internacional busca identificar efeitos da pandemia na segurança alimentar

Um estudo conjunto entre pesquisadores da Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM), Universidade Federal do Pará (UFPA) e Universidade Autônoma de Barcelona (UAB), entre outros, está buscando identificar as mudanças que estão ocorrendo na alimentação das pessoas durante a pandemia de Covid-19 na América do Sul. Por meio de um questionário online, a pesquisa objetiva entender os impactos da crise, especialmente no consumo de pescado e carne, determinando se tais mudanças afetaram a segurança alimentar das famílias e quais regiões foram mais afetadas.

O professor Frederico Ozanan, da Ufra, co-orientador do estudo, explica que o trabalho faz parte da pesquisa de mestrado da estudante Valéria Fonseca, do Programa de Pós-graduação em Saúde e Produção Animal na Amazônia (PPGSPAA/Ufra) – “Influência da Covid-19 na compra e consumo de proteína animal”, sob orientação do professor Pedro Mayor, da Universidade Autônoma de Barcelona, na Espanha. O estudo envolve colaboradores de sete países da América do Sul, entre eles Carlos Vasconcelos, do Instituto Mamirauá (Tefé, AM), que se responsabilizou pela coordenação e formatação do questionário no Brasil.

“Recebemos a autorização do Comitê de Ética em Pesquisas com Seres Humanos (CEP/IDSM) para iniciar as atividades. A pesquisa teve início no Brasil no dia 11/06/2020. Devido às diferenças no consumo de carne ao longo do país, a região Nordeste será analisada separadamente”, informa o professor Ozanan. Além do Brasil, o questionário também está sendo aplicado no Peru, sob a coordenação do professor Pedro Mayor e outros pesquisadores peruanos. As coletas no Peru foram iniciadas no dia 28 de maio e a expectativa é que em breve serão inseridos outros países: Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Argentina e Uruguai.

“O estudo nos permitirá comparar a situação de Segurança Alimentar entre países e detectar ameaças e deficiências que são importantes de serem solucionadas”, explica. A pesquisa tem caráter anônimo e voluntário. Todas as informações coletadas serão manejadas tendo em conta a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei 13.709, de 2018) e terão finalidade exclusivamente acadêmico-científica.