Pesquisa, desenvolvimento e inovação. Esse é o tripé que vai sustentar a Rede Norte e Nordeste de Cooperação em PD&I (N/NE em PD&I), constituída por pesquisadores das áreas de Engenharia de Materiais, Petróleo, Gás e Ciências do Mar, pertencentes às universidades federais das duas regiões do país. A reunião preparatória para a oficialização teve início hoje e será concluída nesta sexta-feira, 14, no Anfiteatro do Centro de Tecnologia (CT) do Campus Central da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em Natal, instituição com cinco pesquisadores envolvidos nesse processo.

Na abertura, hoje pela manhã, a presença de dois reitores reafirma o apoio institucional a esse projeto de cobertura regional: ngela Maria Paiva Cruz, da UFRN, instituição que encabeça a rede, e Jesualdo Pereira Farias, da Universidade Federal do Ceará (UFC) e também Presidente da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (ANDIFES).

Juntamente com os dois reitores estavam presentes na mesa de abertura dos trabalhos o Diretor do CT e, também, Chefe do Departamento de Engenharia de Materiais, José Daniel Diniz Melo, e um dos organizadores do evento, Sérgio Rodrigues Barra, do mesmo departamento. Nos dois dias de reunião, os participantes discutem as temáticas que vão ser alvo de pesquisas interinstitucionais, partilhando estudos desenvolvidos nas universidades participantes e definindo as formas de funcionalidade da Rede N/NE em PD&I.

O compromisso dos reitores

Sem deixar de saudar os seus ex-professores e ex-alunos na UFRN presentes na plateia, o reitor da UFC observou que as potencialidades econômicas das regiões, assim como as necessidades de tecnologia, fazem as duas regiões recorrem à competência das universidades para encontrar caminhos que venham a ajudar a resolver os seus problemas. “O redimensionamento das instituições públicas federais de ensino enquanto geradoras de conhecimento, após o REUNI, criou redes de pesquisa e inovou formas de atuar, aglutinando forças dos dois lados”, lembrou Jesualdo Pereira Farias.

Por sua vez, a reitora da UFRN destacou o papel da rede que ora se forma para ajudar o desenvolvimento regional por meio da pesquisa, da inovação e do empreendedorismo, esse último presente desde o primeiro dia na graduação da UFRN, lembrou. “A rede Norte e Nordeste de Cooperação em PD&I será propulsora para essas duas regiões se consolidarem no cenário nacional, não tenho a menor dúvida”, disse ngela Paiva Cruz. “Petróleo, Ciências do Mar, Gás, Engenharia de Materiais, todas essas áreas são estratégicas para essa faixa do território nacional”, acrescentou a reitora da UFRN.

Na plateia, além de representantes de todas as universidades do Norte e do Nordeste, pesquisadores de universidades do Rio de Janeiro e do Instituto Federal de Educação do Espírito Santo (IFES) participam a pedido de suas instituições. A intenção é levar a mesma ideia para o Sudeste.

O que muda com a Rede N/NE em PD&I

Como um dos cinco pesquisadores da UFRN integrantes desse processo, Sérgio Rodrigues Barra, do Departamento de Engenharia de Materiais (DEMat), sonha não só com a contribuição habitual que esse segmento da engenharia já oferta ao setor produtivo, como analisar, selecionar, classificar e indicar materiais aplicados à indústria do petróleo, do gás e naval, mas, também, com a criação e geração de produtos que venham a inovar esses setores.

Entusiasta da inovação e um dos coordenadores do evento, ele adianta que, em breve, nove materiais poderão ser produzidos permanentemente por meio dessa rede e utilizados pela sociedade. No Nordeste, explica Sérgio Barra, dispomos de estaleiros funcionando em Suape, no Estado de Pernambuco, e em Camumum, na Bahia.

Ascom UFRN