UFRR – Programa de Acesso à Educação Superior atende migrantes em vulnerabilidade

O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da Universidade Federal de Roraima (UFRR) aprovou no final de junho a criação do Programa de Acesso à Educação Superior, o qual destina vagas ociosas nos cursos de graduação da instituição aos solicitantes de refúgio, refugiado e imigrantes em situação e vulnerabilidade.

As vagas a serem disponibilizadas para este público serão aquelas decorrentes de vagas remanescentes de processos seletivos de segunda graduação e transferência da UFRR. A Comissão Permanente de Vestibular (CPV/UFRR) será a responsável por conduzir o processo de seleção.

A recente decisão traz benefícios para a UFRR. “O não preenchimento total das vagas nos cursos de graduação traz impactos diretos à nossa Instituição como salas parcialmente vazias e a consequente diminuição dos recursos financeiros enviados à UFRR”, explicou o reitor da UFRR, professor Jefferson Fernandes.

O Programa também auxilia os estrangeiros encontram dificuldades para validarem os seus diplomas e os que ainda não possuem curso universitário. “Para os imigrantes em situação de vulnerabilidade, o Programa representa uma oportunidade de se inserir melhor no competitivo mercado brasileiro”, avaliou o professor do curso de Relações Internacionais da UFRR, Gustavo Simões.

Inscrição – A participação no processo seletivo e posterior matrícula dos alunos refugiados poderá ser feita mediante apresentação de protocolo de refúgio ou comprovante da condição de refúgio expedido pelo Comitê Nacional para os Refugiados (Conare).

Já os imigrantes em situação de vulnerabilidade deverão comprovar sua regularidade imigratória por meio de declaração que o coloque como residente permanente do Brasil. Os candidatos deverão indicar o curso pretendido no momento em que efetuar a sua inscrição. O imigrante apenas poderá ocupar vaga em apenas um curso de graduação.

Seleção – Todos os inscritos deferidos deverão passar por uma seleção eliminatória e classificatória composta por duas provas: redação em língua portuguesa (para avaliar a capacidade de comunicação no nosso idioma) e uma avaliação de conhecimentos específicos levando em consideração o curso escolhido. A resolução aprovada prevê ainda que, após matriculados, os estudantes selecionados deverão cursar uma disciplina de português instrumental (ou equivalente) por no mínimo um semestre.