Um exercício novo, escorregadio, mas necessário

Rankings de universidades têm fervilhado em anos recentes e repercutido no setor acadêmico, educacional e no público em geral. Os pioneiros foram os internacionais; depois, vários países passaram a produzir os nacionais.

Em geral, essas métricas são feitas pela mídia. Os rankings são multifocais e discrepantes nos resultados, o que, com razão, incomoda os desprevenidos. Para não precipitar a conclusão de que os rankings são sofísticos é preciso considerar outros aspectos: eles surgiram num período recente de expansão explosiva de universidades em todo o mundo e de uma universalização do setor.

A necessidade de conhecer e avaliar se tornou fundamental para estudantes, professores e cidadãos. A agilidade da mídia atende a um interesse público que outros setores, inclusive o governamental, demorariam a prover (muito embora o governo elabore levantamentos importantes; o MEC e sua divisão de pós-graduação, a Capes, são essenciais na obtenção de indicadores).

É inegável que o processo de ranquear é novo, escorregadio e metodologicamente vacilante. Entre as muitas dificuldades, encontra-se uma que cabe aos governos resolver: a de admitir que as diferentes instituições possam ter diferentes missões.

Esse problema foi enfrentado satisfatoriamente em poucos países: em 1967, nos Estados Unidos, a Fundação Carnegie criou uma comissão cujas propostas levaram a uma classificação das universidades em cinco categorias.

No Brasil, o MEC impõe quesitos mínimos para uma instituição ser reconhecida como universidade. Todavia, não houve uma proposta para diferenciar escolas do ponto de vista de suas missões.

Nos rankings, os indicadores de qualidade das universidades beiram a meia centena e os distintos rankings os selecionam e pontuam diversamente; daí as divergências de resultados obtidos.

Há duas razões principais para isso. Uma é que as listagens podem mirar interesses diversos: de candidatos à graduação e à pós-graduação, de professores buscando posição ou de público em geral. Outra razão é que essas listas são recentes e seu desenvolvimento é um processo complexo que requer experimentação. Por isso mesmo são chamadas de exercícios.

O Ranking Universitário Folha atribui pontuação superior à pesquisa, seguindo a tendência de classificações internacionais nas quais as universidades mais bem qualificadas são as de maior prestígio em produção científica (o que, se supõe, reflete-se na qualidade de ensino).

Embora seja considerado secundário pelos rankings internacionais, aqui o quesito de inovação tecnológica recebeu pontuação 5, levando-se em conta que as universidades brasileiras têm sido estimuladas a atuar no setor para compensar o desempenho modesto das empresas.

No quesito qualidade de ensino é impressionante que apenas um quarto das universidades tenha recebido alguma pontuação (40 públicas e nove privadas). A avalanche e o agigantamento tanto de instituições públicas quanto de privadas, nos últimos anos, explicam, em grande parte, esse desempenho.

Ao contrário de outros indicadores, na avaliação de mercado as universidades privadas tiveram uma presença bem mais forte. Das 50 mais pontuadas, 22 são privadas. Nesse quesito, a superioridade em número de alunos matriculados nas pagas (54%) tem grande peso.

O RUF destaca cinco universidades no topo: USP, UFMG, UFRJ, UFRGS e Unicamp. Se compararmos as posições dessas instituições nos principais rankings mundiais há diferenças notáveis. USP e Unicamp, porém, tanto ocupam colocações de destaque nas listagens internacionais como saltam aos olhos no RUF. Isso se considerarmos só os quesitos pesquisa, ensino e inovação, sem ponderar o mercado de trabalho. É certo que esse tema do ranking de universidades ainda tem um largo horizonte para se desenvolver. Na discussão que daí surgirá é necessário aperfeiçoar o ajuste de indicadores numéricos com visões conceituais.

* ROGÉRIO MENEGHINI, coordenador do RUF, é bioquímico da USP, cienciometrista e coordenador acadêmico da base de dados Scielo.

 

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