UnB ajuda refugiados e migrantes com o ensino da Língua Portuguesa

Alunos de 15 nacionalidades aprenderam o idioma em curso terminado em outubro

Em uma sala de aula da Universidade de Brasília (UnB), alunos de diferentes partes do mundo são convidados a escrever, em português, os sonhos que nasceram com a chegada ao Brasil. No papel, muitas frases ainda mesclam palavras em francês, inglês ou árabe, mas todas revelam o desejo de integração e acesso às oportunidades de trabalho e educação no país de acolhida, onde buscam reconstruir suas vidas longe de conflitos e perseguições.

O curso de português criado para solicitantes de refúgio e refugiados é oferecido gratuitamente a essa população que vive em Brasília devido a uma iniciativa do Núcleo de Ensino e Pesquisa em Português para Estrangeiros (NEPPE), em parceria com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e seu parceiro no Distrito Federal, o Instituto Migrações e Direitos Humanos (IMDH) – responsável por encaminhar os estrangeiros no DF e os interessados no curso.

O grupo que estudou na UnB reuniu 15 alunos de nacionalidades como Gana, Burkina Faso, Bangladesh, República Democrática do Congo, Iraque e Haiti. A maioria vinha de ônibus das cidades administrativas ao redor de Brasília, disposta a frequentar o curso intensivo de duas horas diárias, de segunda a quinta-feira, que terminou no final de outubro. A metodologia prioriza a comunicação oral e as necessidades práticas desse público.

“O formato é inovador, porque vamos trabalhar questões específicas à inserção deles no mercado de trabalho, como noções de direitos básicos, documentação, preenchimento de formulários e simulação de entrevistas de emprego”, explica Lúcia Maria Barbosa, diretora do NEPPE.

Rosita Milesi, diretora do IMDH, destaca que o aprendizado do idioma é um passo fundamental para a defesa de direitos dos refugiados. No entanto, outras conquistas são esperadas no decorrer do curso. “Os alunos também têm a oportunidade de se relacionar com outros colegas, de diferentes nacionalidades, e isso os anima a superar as dificuldades da migração e da inserção no país”, conta ela.

Essas são algumas das expectativas de Adeben*, de 29 anos, refugiado de Gana, na África Ocidental. No Brasil há seis meses, ele já tem fluência em diversos idiomas – como inglês, francês e hebraico, além dos diferentes dialetos de Gana. “Nenhuma língua é difícil. Acho que posso falar bem, se eu estudar. Eu terminei o ensino médio no meu país, mas aqui quero estudar Direito. O Brasil é um bom lugar para construir a própria vida”, diz ele.

Os dois alunos iraquianos do curso também demonstram otimismo com o futuro e determinação em vencer as diferenças culturais que encontram no Brasil. Ayman*, de 24 anos, chegou há dois anos e fala português com admirável facilidade. Mas não está satisfeito: quer estudar regras de gramática para, em breve, conseguir aprovação em um concurso público. Já seu colega Abdullah*, de 27 anos, que ainda arrisca as primeiras palavras na língua portuguesa, faz planos para trabalhar como designer gráfico e seguir a carreira de pintor de quadros. “Gostei muito da aula, porque vi que aqui as pessoas se interessam pela nossa vida”, avalia ele, há quatro meses no país.

OUTROS CURSOS – Outras duas iniciativas semelhantes à desenvolvida na UnB estão em andamento no Distrito Federal. As aulas são oferecidas pelo IMDH com o apoio de professores voluntários. No Varjão, uma comunidade próxima do Plano Piloto de Brasília, cerca de 20 alunos se organizam em duas turmas e estudam o idioma português numa sala cedida pela Casa São José, da Paróquia de Nossa Senhora do Lago. Em Samambaia Norte, a procura foi ainda maior: 50 jovens se inscreveram e foram divididos em três turmas, de acordo com o nível de conhecimento do idioma.

Após acompanhar as aulas em Samambaia, na Escola Classe 431, a assistente de proteção do ACNUR Raquel Trabazo parabenizou a iniciativa. “As professoras voluntárias mostram muita motivação e usam recursos dinâmicos e lúdicos, como música e dança. Esse é um momento de aprendizado e também de confraternização para os refugiados, depois de uma longa jornada de trabalho muitas vezes em condições precárias”, diz.

 

Julia Tavares – Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados

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