UNIFEI – LabLibras contribui para ensino, aprendizagem e pesquisas sobre a Língua Brasileira de Sinais

No ano de 2019, surgiu na UNIFEI a ideia da criação do Laboratório de Libras (LabLibras).

O LabLibras é destinado a possibilitar conhecimentos e práticas, por meio de aulas e da elaboração de materiais didáticos de caráter (inter)disciplinar, sobre a Língua Brasileira de Sinais.

No Laboratório são utilizadas tecnologias da informação e comunicação para auxiliar os processos de ensino e aprendizagem da Libras.

O LabLibras está equipado com carteiras, equipamento de projeção, televisor, quadro e espelhos para garantir o ensino e a aprendizagem de uma nova língua.

As pessoas com deficiência, em especial os surdos, vêm, cada vez mais, garantindo seu espaço e conquistando o respeito da sociedade. Este fato se deve à criação de leis e decretos que defendem seus direitos, porém, segundo a professora Ana Carolina Sales Oliveira, do Instituto de Física e Química (IFQ) da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI), coordenadora do Núcleo de Educação Inclusiva (NEI), “é necessário que o que foi declarado seja cumprido e posto em prática”.

No ano de 2002, houve a publicação da Lei nº 10.436/02, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como meio legal de comunicação e expressão da pessoa surda, determinando a garantia de formas institucionalizadas de assegurar o seu uso e difusão.

Em 2005, foi sancionado o Decreto nº 5.626/05, que regulamenta a Lei 10.436, de 2002. No seu artigo 3º, está prevista a inclusão de Libras como disciplina curricular obrigatória nos cursos de formação de professores para o exercício do magistério, em nível médio e superior, e nos cursos de Fonoaudiologia, de instituições de ensino, públicas e privadas, do sistema federal de ensino e dos sistemas de ensino dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.

Já no artigo 14 do Decreto, tem-se a garantia da obrigatoriedade ao acesso à comunicação, à informação e à educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, por instituições federais de ensino, desde a educação infantil até à superior.

Libras na UNIFEI

De acordo com a coordenadora do NEI, professora Ana Carolina, na UNIFEI, a disciplina de Libras começou a ser ministrada efetivamente no segundo semestre de 2013, após acontecer o concurso de professor efetivo para essa finalidade. Desde então, a disciplina passou a ser procurada, cada vez mais, não somente pelos alunos das licenciaturas, mas também pelos do bacharelado, chegando-se a formar lista de espera para matrícula.

No ano de 2019, surgiu, juntamente com a direção do Centro de Educação (CEDUC) da UNIFEI, a ideia da criação do Laboratório de Libras (LabLibras), um espaço destinado para possibilitar: conhecimentos e práticas, por meio de aulas e da elaboração de materiais didáticos de caráter (inter)disciplinar no que tange a língua; o uso e a criação de tecnologias da informação e comunicação (TICs), para auxiliar os processos de ensino e aprendizagem da língua em questão, e pesquisas relacionadas à temática, permitindo que os alunos de graduação e pós-graduação da Universidade, ao se formarem, estejam aptos para trabalhar diretamente com pessoas surdas, tanto na educação quanto em demais ambientes profissionais.

O LabLibras fica localizado no CEDUC e está equipado com 30 carteiras, um equipamento de projeção, um televisor, um quadro e espelhos nas paredes laterais para que sejam desenvolvidas estratégias, como, por exemplo, trabalhar as expressões faciais e corporais, a fim de garantir o ensino e a aprendizagem de uma nova língua.

A professora Ana Carolina, uma das responsáveis pelo Laboratório, fala das expectativas para o retorno de suas atividades após a pandemia da COVID-19: “Esperamos que, ao voltarmos a poder nos encontrar, o LabLibras desenvolva atividades como o oferecimento contínuo do curso de Língua Brasileira de Sinais em parceria com o NEI; de materiais educacionais específicos em Libras voltados para os cursos de licenciaturas da UNIFEI e de encontros com instrutores surdos e intérpretes educacionais para a troca de experiências, além de garantir um espaço para ofertar a disciplina LET 012, no modo de disciplina optativa, para alunos ouvintes.”