UNILA contribui para o projeto de Telemedicina, que atende casos não emergenciais

O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu, em parceria com a UNILA, Fundação Municipal de Saúde, Hospital Padre Germano Lauck e Secretaria de Tecnologia da Informação

O recurso da Telemedicina já está disponível para a população de Foz do Iguaçu, para atendimento de pacientes não emergenciais. Essa plataforma de atendimento remoto conta com a parceria da UNILA, por meio da participação de docentes e estudantes do curso de Medicina. O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Saúde de Foz do Iguaçu, em parceria, ainda, com a Fundação Municipal de Saúde, o Hospital Padre Germano Lauck e a Secretaria de Tecnologia da Informação. Esse serviço está à disposição da população desde o dia 27 de março; até o dia 2 de abril, houve cerca de 30 atendimentos.

Para o atendimento por meio da Telemedicina – cuja central está no Hospital Municipal Padre Germano Lauck –, os pacientes passam por duas triagens, que se inicia no Plantão Telefônico Coronavírus. Eles são avaliados por estudantes de Medicina, que realizam o cadastro do paciente, registram a história clínica e então fazem os encaminhamentos: para atendimento presencial nas unidades de saúde ou para a Telemedicina. “Com isso, evitamos a aglomeração de pacientes de quadro leve em setores de emergência ou urgência. Enchendo esses lugares, há o risco de infecção pelo coronavírus ou outros vírus respiratórios que continuam circulando”, explica a coordenadora do projeto, Flávia Trench, infectologista e docente do curso de Medicina da UNILA.

No atendimento por Telemedicina, o paciente pode conversar com o médico por meio do WhatsApp ou de videochamada, com a possibilidade de receber, além de orientações, atestados médicos e prescrições. Segundo Trench, os médicos que estão atendendo nesta plataforma são da rede pública e possuem idade ou alguma condição de saúde que os torna grupo de risco de infecção pela Covid-19. “A gente usa essa força de trabalho experiente, capaz e conhecida da população, e atendemos os pacientes sem perder esse profissional. Então é um esquema em que todo mundo ganha”, pontua a médica.

Pacientes com sintomas respiratórios e que não são casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus são exemplos de pessoas que podem ser atendidas a distância. Ainda segundo a infectologista Flávia Trench, o atendimento resolve também uma questão emocional de muitos pacientes, que querem ouvir a fala do médico para assegurar que seu quadro não é grave. “Dessa forma, fica todo mundo assistido – o de quadro leve, moderado e grave –, cada um no seu lugar ideal; e o sistema de saúde andando em harmonia para que possamos salvar vidas”, avalia.

Unileros na saúde

No trabalho de esclarecimento sobre coronavírus, no processo de triagem ou no atendimento direto aos pacientes, estudantes do curso de Medicina, de Saúde Coletiva e do Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família saem das salas de aula e ocupam as unidades de saúde, para contribuir com a população de Foz do Iguaçu neste momento de pandemia.

Com a Telemedicina, outra frente de trabalho tem tido a contribuição de estudantes de Medicina da UNILA, entre eles Arthur Dias Mendoza. Ele é iguaçuense e recém-formado na área de Engenharia de Software, o que o capacitou para trabalhar como gestor técnico do projeto de Telemedicina. “A informática médica é uma área em que quero seguir na especialização. Está sendo fascinante porque é minha primeira experiência e deu para colocar em prática o conhecimento das duas áreas”, diz o estudante.

O papel de Arthur nesse processo foi utilizar ferramentas que a Prefeitura já tinha disponível, estruturar os softwares necessários, fazer a integração entre eles e planejar o fluxo de atendimento. “Essa é uma contribuição da UNILA, porque conseguimos implementar um sistema que, embora funcione de forma provisória, com poucas ferramentas e com orçamento limitado dentro desse cenário de crise, é um serviço que pode continuar e tem um potencial para ajudar a cidade, para desafogar unidades de saúde em casos mais leves”, avalia.

O estudante também espera que a contribuição da UNILA na área da saúde possa seguir com bons frutos. “É uma universidade pública, olhando a saúde pública e o SUS, um sistema que poucos países têm o privilégio de ter, uma saúde universal e gratuita. É um legado fantástico e uma responsabilidade social que a UNILA abraçou, que é ajudar o sistema de saúde de Foz do Iguaçu”, conclui o estudante.

Plantão Coronavírus: ligue ou mande uma mensagem para os números do plantão:

(45) 3521-1800

(45) 9 9992-0550

(45) 9 9997-5111

(45) 9 9975-5257

(45) 9 9997-5251

(45) 9 9997-5150

(45) 9 9997-5335