Observar a atual realidade da Universidade Federal do Pampa e a partir disto projetar os próximos anos de atuação. Este é o objetivo do Plano de Desenvolvimento Institucional, que será construído e debatido junto com a comunidade acadêmica ao longo de 2013. A intenção é que o PDI projete metas de cinco anos para o desenvolvimento, crescimento e consolidação da Instituição e da região na qual está inserida.

Conforme explica a reitora Ulrika Arns, uma universidade precisa se repensar e se reavaliar constantemente. A UNIPAMPA é uma instituição nova, com pouco mais de seis anos de presença na região, mas que já superou muitas de suas metas de implantação, dentre elas o número de cursos, docentes e técnicos projetados em sua criação. De 30 cursos inicialmente concebidos, hoje a Instituição conta com 63 cursos, 667 professores, 558 técnico-administrativos e 309 terceirizados em dez campus. Este crescimento precisa ser considerado e um novo PDI elaborado para o período entre 2014 e 2018. “Precisamos olhar a Universidade como ela está e pensar no que queremos”, afirma a reitora.

Para auxiliar na construção deste debate, a UNIPAMPA recebeu nesta segunda-feira, 25, o coordenador de Planejamento Institucional da Universidade Federal do Paraná (UFPR), professor Paulo de Tarso da Cunha Chaves, que coordenou a elaboração do PDI daquela instituição, um processo ocorrido ao longo de 20 meses, de 2010 a 2012. Conforme a pró-reitora de Planejamento, Desenvolvimento e Avaliação, Vanessa Dutra, o compartilhamento de experiências irá auxiliar a UNIPAMPA a elaborar uma metodologia própria para a construção colaborativa do PDI, adaptada à realidade multicampi.

“Estamos conhecendo experiências do que podemos fazer igual e o que podemos fazer diferente a partir da prática deles”, explica. A principal preocupação é envolver servidores docentes e técnicos e a comunidade discente na construção deste Plano, e o debate para a construção de uma metodologia visa encontrar os melhores canais e meios para que todos participem do processo.

Esta participação coletiva e expressiva da comunidade acadêmica é vista como essencial pelo professor da UFPR. “Para sabermos onde queremos chegar é importante saber onde estamos, reconhecer o que temos, e isto ocorre com o diagnóstico. Para realizar este diagnóstico todos precisam participar. Todos conhecem melhor a realidade do que apenas alguns”, enfatiza.

Conforme Paulo de Tarso, na UFPR a construção do PDI se deu em três períodos de atuação: um momento que envolveu os gabinetes, na construção dos documentos de apoio para o Plano; um momento de discussão por meio da Internet, com participação inclusive via Twitter e videoconferência dos campi externos a sede da UFPR; um momento presencial, com a discussão direta com a comunidade acadêmica em reuniões temáticas abordando cada uma das dez temáticas fixadas pelo MEC e um seminário de avaliação. O resultado dessas reuniões foi disponibilizado online para que novas contribuições fossem feitas. “Foi um processo de constante colaboração e construção coletiva com diferentes unidades”. E é esta construção coletiva que se pretende aplicar também na UNIPAMPA.

Para fomentar ainda mais a participação da comunidade acadêmica como um todo nos debates, uma campanha de divulgação e informação está sendo desenvolvida pela Assessoria de Comunicação Social em parceria com a Proplan. A campanha pretende também tornar mais claros os objetivos e o método de trabalho a ser adotado. Pretende-se que os participantes identifiquem quais são as demandas que requerem atuação estratégica e quais são as estratégias que vão levar à solução ou à melhoria das situações, fazendo com que mais pessoas contribuam e que as contribuições sejam viáveis e construtivas. Em breve a campanha será lançada oficialmente para toda a comunidade da UNIPAMPA.

Aline Reinhardt – Ascom UNIPAMPA