Unirio faz sua eleição

Três candidatos disputam a reitoria, e todos defendem a manutenção do Enem como porta de entrada para universidade

 

Após a ida da professora Malvina Tuttman para a presidência do Inep, em janeiro, a Unirio precisou organizar eleições antecipadamente para escolher o novo reitor. Três candidatos estão na disputa, que ocorrerá nos dias 2 e 3 de abril nos polos de educação à distância e entre de 4 a 6 nos campi da instituição.

 

O consenso entre os três é que o Enem é mesmo a melhor porta de entrada para o ensino superior e deve ser mantido como forma única de ingresso na universidade. Além disso, eles consideram positivo o crescimento da instituição, que abriu diversos cursos e ampliou outros com as verbas do Reuni (Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais). Mas o momento agora, completam os aspirantes a reitor, é de acomodar quem já entrou.

 

O atual vice-reitor, Luiz Pedro San Gil Jutuca, se apresenta como a continuidade, “sem continuísmo”.

 

– Com o Reuni, pudemos fortalecer nossa política para os estudantes e promover o crescimento da instituição, com novos cursos, mais vagas e prédios em construção. Na pós-graduação, também demos um salto: em 2004, tínhamos seis programas e hoje são 21 – afirma Jutuca.

 

Já Antônio Brisolla Diuana, eleito três vezes seguidas diretor do Instituto Biomédico, defende a melhora da gestão para agilizar a aplicação dos recursos. Sem esquecer os concursos para professores e técnicos-administrativos.

 

– Existem pontos de morosidade da administração. Proponho uma auditoria das contas da universidade e das fundações de apoio para entender onde está o dinheiro, e como ele pode chegar mais rápido às unidades. Há problemas bobos, como a falta de lâmpadas – diz Brisolla.

 

Para o professor do Departamento de Cirurgia da Escola de Medicina, Rossano Fiorelli, é preciso mais planejamento na hora de se expandir:

 

– A universidade cresceu, mas temos algumas pendências. Há projetos e prédios que já deveriam estar funcionando e estão emperrados por problemas administrativos. Houve avanços na gestão anterior, mas faltou planejamento.