Univasf – Crad é premiado pela ONU por ações de recuperação e preservação da Caatinga

O Centro de Referência para Recuperação de Áreas Degradadas (Crad) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) conquistou dois prêmios no Programa Dryland Champions 2015, promovido pela Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (United Nations Convention to Combat Desertification – UNCCD). O Crad recebeu um prêmio institucional pelo conjunto de suas ações em prol da recuperação e preservação da Caatinga e outro pelo projeto “Manejo de Caprinos, Ovinos e Emas na Recuperação de Áreas Degradadas”.

A cerimônia de entrega dos certificados do programa será realizada amanhã (17), Dia Mundial de Combate à Desertificação, na cidade de Caicó, no Rio Grande do Norte. O diretor do Crad e professor do Colegiado de Ciências Biológicas da Univasf, José Alves de Siqueira Filho, participará da solenidade de premiação. “Esta é a primeira premiação internacional que o Crad recebe e é fruto de um trabalho que iniciou em 2006, quando o Centro foi criado, e que contou com contribuição de inúmeros pesquisadores e alunos que apoiaram a pesquisa científica na Caatinga”, destacou o professor.

O Crad desenvolve várias ações voltadas à recuperação de áreas degradadas da Caatinga, como produção e plantio de mudas nativas do bioma, mantém coleções de plantas e de madeira, promove pesquisas e elabora publicações. Também conta com o Herbário Vale do São Francisco (HVASF), que é indexado aos dados do Global Biodiversity Information Facility.

O projeto “Manejo de Caprinos, Ovinos e Emas na Recuperação de Áreas Degradadas” é resultado de uma pesquisa de pós-doutorado desenvolvida no Crad pelo pesquisador Juliano Ricardo Fabricante, sob a supervisão de José Alves. Financiada pela Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Facepe/CNPq), a pesquisa foi realizada de 2011 a 2014. Segundo Alves, o trabalho gerou dados importantes para reorientar o manejo de caprinos e ovinos na Caatinga e propôs fontes econômicas alternativas para o Semiárido. Entre as ideias propostas, destaca-se a criação de emas, um animal nativo da Caatinga, que pode ser criado solto e tem relação harmoniosa com o ecossistema.

Dryland Champions – Esta edição do Dryland Champions irá premiar 31 projetos do Semiárido nordestino e do Norte de Minas Gerais na área de combate à desertificação e preservação ambiental. Os projetos premiados receberão certificados e troféus. No ano passado, 14 projetos receberam o prêmio, que é realizado mundialmente e está na terceira edição no País.

A coordenadora do programa Dryland Champions no Brasil, Luciana Valadares, analista de ambiental do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, ressalta que a premiação simboliza o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pela preservação do Semiárido. “O prêmio é uma chancela importante do Ministério do Meio Ambiente e da Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação a todos os projetos e instituições envolvidas”, afirma.

Renata Freitas – Ascom Univasf