Univasf – HU recebe equipamento de ponta para avaliação da fibrose hepática

Exame realizado com o Fibroscan é um procedimento não-invasivo, e na maioria dos casos, substitui a biópsia

Uma parceria entre o Hospital Universitário Doutor Washington Antonio de Barros da Universidade Federal do Vale do São Francisco (HU-Univasf), em Petrolina (PE) e a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH) está possibilitando o acesso da população a um exame de ponta que quantifica o grau de fibrose do fígado, avaliação necessária em indivíduos diagnosticados com hepatites virais crônicas. O procedimento é realizado através do Fibroscan, equipamento de alta tecnologia, que além de oferecer mais segurança ao paciente, pode ser feito até mesmo no consultório médico, evitando intervenção por meio de biópsia, método invasivo que consiste na inserção de agulha com anestesia local para retirada de um fragmento do órgão.

Conforme explica o médico hepatologista e superintendente do HU, Ricardo Pernambuco, o exame realizado pelo Fibroscan, elastrografia hepática, é indicado para pacientes com diagnóstico de hepatite C ou B e outras doenças crônicas do fígado. “É um exame não-invasivo, semelhante a uma ultrassonografia, e muito mais confortável para o paciente”, destaca.

Outra vantagem apontada é a resposta do exame em tempo real, uma vez que o laudo é obtido de imediato, fator considerado pelos especialistas como importante avanço em relação à biópsia, cujo resultado, ressalta Ricardo Pernambuco, leva em média seis dias para análise em laboratório. Ele frisa que com a nova abordagem diagnóstica é possível identificar o grau de fibrose do fígado com grande precisão, em aproximadamente cinco minutos, permitindo que o médico avalie o estágio da doença e a resposta ao tratamento. Grosso modo, a fibrose hepática é um processo de formação de cicatrizes, decorrentes de doenças crônicas que comprometem a funcionalidade do órgão.

O Fibroscan que já está em funcionamento no HU-Univasf foi cedido pela SBH e deverá permanecer, na unidade, por um período de três meses, beneficiando mais de 30 pacientes, que há mais de um ano aguardam a realização de biopsia, e que agora será substituída pela elastrografia hepática, realizada com o novo equipamento.

Em alguns casos, explica Ricardo Pernambuco, o procedimento não pode ser aplicado, cabendo ao médico decidir. Mas ele avalia que mais de 90 por cento dos pacientes do HU, diagnosticados com doenças hepáticas crônicas poderão se beneficiar com a técnica. “Este equipamento é o primeiro da região, só existe igual ou similar, em Recife e Salvador”, comenta.

A parceria que possibilitou o empréstimo do aparelho foi viabilizada através de articulação junto à SBH que incluiu o HU na relação de hospitais aptos a trabalhar com a tecnologia. Após atender à atual demanda do HU, o equipamento será devolvido à instituição de origem, para retornar em momento posterior.


Gabinete da Reitoria – Klene Barreto de Aquino