USP começa 2013 de olho no polêmico debate sobre as cotas paulistas

Formado em colégio particular, com renda familiar mensal superior a sete salários mínimos, branco. Tomando como base dados recentes da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular), esse deve ser o perfil de cerca de 70% dos 10.952 aprovados na sexta-feira na primeira chamada do vestibular da Universidade de São Paulo.

No ano passado, o índice de matriculados que fizeram ensino regular em escolas públicas foi de 28%. A mais concorrida universidade do país é, hoje, difícil de ser acessada por jovens de escolas municipais e estaduais.

A intenção do governo do Estado é mudar esse quadro. No fim de dezembro, Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou um sistema de cotas exclusivo da USP, Unicamp e Unesp, todas sob a tutela estadual. O Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista, o Pimesp, prevê destinar até 2016 50% das vagas para alunos da rede pública.

Defendido pelo reitor da USP, João Grandino Rodas, nomeado para o cargo em 2009 pelo então governador José Serra (PSDB), o programa é considerado uma das principais bandeiras tucanas para o ano que vem, quando Alckmin deve disputar a reeleição.

Para começar a valer no próximo vestibular, o Pimesp precisa ser aprovado pelos conselhos das universidades. Na USP, a primeira reunião está prevista para março.

Procurados pela sãopaulo, os conselheiros não quiseram se pronunciar oficialmente. Mas explicaram que para cumprir a meta é necessário aprová-lo até junho. O reitor não atendeu aos pedidos de entrevista.

Não aprová-lo parece uma possibilidade remota, dizem os conselheiros. Mas dois fatores podem atrasar o processo: a mudança, no início de 2014, da reitoria e a falta de diálogo, até agora, com os 91 mil estudantes. A medida recebe críticas de docentes e especialistas.

Caso seja aprovado, o programa irá receber, por ano, 2.000 estudantes do terceiro ano do ensino médio público selecionados pela nota do Enem ou do Saresp (Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo). Critérios socioeconômicos e de raça também serão considerados.

Pelo novo modelo, os mais bem avaliados serão recrutados e terão aulas presenciais e on-line no colégio comunitário, chamado de “college”, em alusão ao modelo norte-americano. O curso de dois anos equivale aos primeiros anos do ensino superior e tem aulas de exatas, humanas e biológicas.

Após a conclusão do primeiro ano, os estudantes poderão prestar o vestibular tradicional e usar bonificações oferecidas pelas universidades –na USP, são oferecidos até 15% de bônus para quem é de escola pública. Depois do segundo ano, eles receberão um certificado de curso que permitirá disputar concursos públicos de emprego.

Os alunos que concluírem o colégio comunitário também poderão disputar vagas reservadas nas universidades estaduais. O desempenho definirá os cursos de graduação que o estudante poderá cursar. Caso ele não tenha nota para o curso desejado, poderá usar créditos e prestar o vestibular tradicional.

MAIS CONCORRÊNCIA

À época do lançamento, Alckmin afirmou que 40% das vagas reservadas na USP até 2016 serão preenchidas pelo colégio comunitário. “É uma reserva por mérito. Um contraponto para as escolas e faculdades [que receberão cotistas]”, avalia Diana Vidal, professora em história da educação na Faculdade de Educação da USP. Os 10% restantes seguirão o modelo da cota federal.

Assim como o modelo federal, o sistema paulista vai tornar os vestibulares ainda mais concorridos para os estudantes da rede particular. Em 2016, das prováveis 12 mil vagas oferecidas pela Fuvest, 6.000 serão reservadas para cotistas beneficiados pelos programas federal e estadual. Das 275 vagas oferecidas neste ano em medicina pela USP e Santa Casa –opção mais concorrida na Fuvest 2013 com cerca de 54 candidatos por vaga–, até 138 seriam disputadas por estudantes do ensino privado.

USP LESTE

A grade curricular abrangente e comum a todos os alunos defendida pelo Pimesp já é utilizada na Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP Leste. Lá, os novos alunos cursam de um semestre a um ano antes de seguirem na graduação.

Construída em 2005, a unidade do bairro Cangaíba nasceu na década de 1980 de uma proposta da reitoria e do governo do Estado para ampliar e descentralizar o ensino superior público. O projeto, no entanto, só ganhou forma em 2004, quando o Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas aprovou a construção de uma unidade em área carente.

Quando foi criada, a Leste sofreu críticas por não ter cursos tradicionais, como engenharia, administração e direito. Hoje, além de marketing, lazer e turismo, entre outros, a Escola Politécnica oferece a graduação em engenharia da computação. São 1.020 vagas abertas todo ano, via vestibular da Fuvest. Quase dez anos depois, a USP se prepara para debater outra grande mudança em sua história.

Felipe Oda – Folha de São Paulo

 

 

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