UTFPR produz curativo de regeneração de pele e de cura

O projeto de uma empresa encubada no Câmpus Londrina, a Glucom Biotech, quer produzir em laboratório uma pele que possa aliviar as dores e acelerar o processo de cura. Por isso, pesquisadores vem desenvolvendo um curativo inédito e customizável para regeneração de pele. Este produto agrega a tecnologia fornecida pela rede nanoestruturada de celulose bacteriana, usando um processo exclusivo de produção biotecnológica, no qual as fibras de celulose são sintetizadas permeando a malha de tecido. O curativo é base para incorporação de materiais com diferentes propriedades farmacêuticas.

O curativo permite a manutenção do ambiente hidratado ideal para a saúde da pele, uma vez que pode liberar ou manter a umidade adequada no local aplicado. O produto também diminui a progressão de lesões, melhora o tratamento de feridas e promove uma recuperação mais rápida das mesmas, gerando um maior bem-estar e conforto para os pacientes.

As pesquisas são feitas por professores da UTFPR e da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Na UTFPR, o acompanhamento do projeto é feito pelos professores Luis Fernando Cabeça e Marcos Rambalducci, que dão toda a assistência necessária para a produção da pele, cujos testes em pacientes a equipe pretende realizar ainda este ano. Os sócios da empresa encubada são Sabrina Alves de Oliveira, Eliane Bogo Cabeça, Paula Cristina de Sousa Faria Tischer e Renato Márcio Ribeiro Viana.

O grupo de pesquisadores já trabalha no desenvolvimento de variações da membrana através da adição de diferentes componentes, como antibióticos Clorexidina, nanopartículas de prata e aminoácidos. Além disso, estudam o desenvolvimento de técnicas de produção da membrana em superfície e impressão 3D podendo receber diferentes elementos, compostos e materiais sintéticos ou biológicos, bem como sensores ou circuitos que se associam à rede nanoestruturada incorporando-os à membrana regenerativa.

A Glucom Biotech também pretende estender as aplicações dos curativos produzidos para outros tipos de feridas importantes na área biomédica como lesões de queimadura, úlceras de pressão e feridas infeccionadas de difícil cicatrização, causadas pelo diabetes.