ANDIFES participa de debate sobre avaliação do ensino superior

O presidente da Andifes, reitor Amaro Lins (UFPE), participou ontem da mesa redonda "O SINAES na perspectiva das Instituições Públicas e Privadas e de seus alunos e professores", dentro da programação do II Seminário Internacional de Avaliação da Educação Superior da CONAES – Comissão Nacional de Avaliação da Educação Superior. Além da ANDIFES também participaram da mesa representantes da ABRUC, ABRUEM, ANACEU, ABRAFE, CONTEE e UNE.

O reitor Amaro afirmou que a Andifes é favorável à avaliação diante da necessidade de melhoria da qualidade do ensino, além de proporcionar um processo transparente para a sociedade a respeito do trabalho que é desenvolvido pelas universidades públicas. Ele falou ainda sobre a função do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) como um instrumento para se estabelecer um sistema de equivalência de cursos dentro da rede de ensino e para o acompanhamento da qualidade da educação, seja pública ou privada, que é papel fundamental do Estado.

 

Para o presidente da Andifes, o SINAES que teve início em 2004, ainda precisa ser aperfeiçoado, mas grande avanço já foi alcançado quanto aos elementos sistemáticos que compõem a avaliação. Ele destacou a importância do diálogo com o Ministério da Educação (MEC), demais instituições de ensino superior e sociedade para que o processo educacional seja acompanhado e melhorado.

 

Durante a sua exposição, o reitor Amaro propôs ao MEC que sejam realizados seminários regionais sobre o tema com o objetivo de estabelecer uma aproximação maior entre a comunidade acadêmica e sociedade com o processo de avaliação, no sentido de incluir o tema no dia-a-dia de coordenadores, professores, estudantes e demais funcionários das IFES.

 

O presidente da CONAES, professor Sérgio Franco, evidencia a função do evento que é proporcionar um espaço de diálogo entre os diversos atores do ensino superior no país. Declarou que o SINAES passa por um processo contínuo de transformações para a melhoria do ensino.

 

Sobre o Conceito Preliminar de Cursos (CPC), novo indicador do sistema, Sérgio disse que há reações positivas e negativas por parte das instituições de ensino superior. Ele frisou que o CPC, como o próprio nome já diz, é um conceito apenas preliminar, que poderá ser substituído após a avaliação in loco a ser realizada nas universidades que obtiveram índice abaixo de 3. Além disso, conforme ele explicou, o CPC ainda precisa ser enriquecido com dados técnicos.

 

O seminário segue hoje, com a sessão nacional, e amanhã, dia 21, quando ocorre a sessão internacional, com a participação de representantes do International Network for Quality Assurance Agencies in Higher Education – INQAAHE, do European Association for Quality Assurance in Higher Education – ENQA, da Red Iberoamericana para la Acreditación de la Calidad de la Educación Superior – RIACES, juntamente com representantes dos países do UNASUL e do MERCOSUL. Os debates internacionais têm por objetivo avaliar os impactos dos sistemas internacionais na avaliação da Educação Superior.