Pensar o discurso no webjornalismo:temporalidade, paratexto e comunidades de experiência
O livro “Pensar o discurso no webjornalismo”, de Edson Fernando Dalmonte foi lançado no último dia 17 na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (UFBA). A obra é marcada pelo objetivo geral de caracterizar o posicionamento discursivo de Webjornais que seguem as “tendências do mercado” do ambiente web, ora produzindo de maneira semelhante, ora buscando estratégias de distinção. A partir do estudo de produtos e linguagens, são explicitados procedimentos de investigação oriundos da Análise do Discurso aplicados a Webjornais, capazes de revelar novos constrangimentos e novas estratégias discursivas.
Gestão Educacional nos Municípios: entraves e perspectivas
O livro “Gestão Educacional nos Municípios: entraves e perspectivas", de Maria Couto Cunha foi lançado no dia 18 de junho no Museu Geológico da Bahia. A obra analisa políticas públicas, implantadas na área educacional, nas últimas décadas, principalmente no que se refere à descentralização do ensino. As análises evidenciaram a gênese destas políticas, as forças que engendraram suas formulações, as implantações das mesmas e, em alguns casos, investigaram os impactos produzidos. O foco dos textos reside no desdobramento destas políticas nos governos municipais, registrando uma pesquisa sobre violência escolar e outra sobre a formação de diretores de escolas estaduais.
“Publicar um livro com tais temáticas, para o grupo de pesquisadores nele envolvido, é de alguma maneira, uma forma de responder ao desafio de avançar no conhecimento sobre questões tão complexas da realidade educacional brasileira que estão a merecer investimentos em termos de investigação. Com isto, este grupo de pesquisadores busca uma proximidade com os leitores interessados na educação, sociabilizando os conhecimentos produzidos pelas suas pesquisas, especialmente geradas no Programa de Pesquisa e Pós-Graduação em Educação da UFBA, especialmente na Linha de Pesquisa e Política e Gestão da Educação, que naturalmente guarda uma forte afinidade com outros espaços educativos do sistema escolar.”
Alimentos alternativos para suínos
O professor Elias Tadeu Fialho, do Departamento de Zootecnia da Universidade Federal de Lavras (Ufla), está lançando, este mês, o livro “Alimentos Alternativos para Suínos”, pela Editora Ufla.De acordo com Fialho, os principais enfoques tratados no livro dão ênfase a outras possibilidades de uso de alimentos que possam substituir parte do milho ou do farelo de soja na produção de suínos. “A substituição parcial desses ingredientes é importante pois de 70 a 80% do custo da produção dos suínos no Brasil está vinculado à alimentação”, diz ele.
Ao todo, o livro traz mais de 60 alternativas em termos de alimentação para suínos, sendo que a edição traz ainda um detalhamento do valor nutricional de cada um desses alimentos e resultados de várias pesquisas relacionadas ao tema.Com base nessas informações, afirma Fialho, “o técnico em suinocultura ou mesmo o produtor poderá fazer uma matriz nutricional observando qual o nível ideal desses alimentos deverá ser utilizado em substituição ao milho e ao farelo de soja. Com isso, estaremos contribuindo para a redução do custo de produção do suíno”, comenta o autor.
O livro reúne estudos desenvolvidos pelo prof. Fialho ao longo de 30 anos de atividades na área, assim como outras pesquisas sobre o assunto realizadas por pesquisadores de diferentes instituições brasileiras.Fialho explica que, embora seja editor do livro, a colaboração dos colegas foi fundamental para que se conseguisse a compilação de dados já existentes nos estudos, mas de maneira muito desordenada. “Ordenamos dados como composição química, o valor adicional, nível máximo da utilização de cada um desses ingredientes que podem colaborar com a redução dos custos de produção dos suínos no Brasil”, diz.
Estado Social e Tributação: uma nova abordagem sobre o direito de informar e a responsabilidade por infração
Foi lançado na última segunda-feira (15) às 11h, no hall da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o livro “Estado Social e Tributação: uma nova abordagem sobre o direito de informar e a responsabilidade por infração”, de Luciana Grassano, professora e diretora da Faculdade.
O livro, que é a versão da tese de doutorado, busca identificar se, efetivamente, a cláusula do Estado Social de Direito teria cumprido uma função de mudança do papel desempenhado pelos poderes do Estado e em que aspecto as mudanças ocorridas alcançaram uma releitura dos princípios constitucionais de segurança jurídica, legalidade, isonomia e proporcionalidade.
O prefácio é assinado por Manuel Pires, professor da Universidade Lusíada, de Portugal. A tese, que originou o livro, foi orientada por Raymundo Juliano Feitosa, doutor em Direito, com experiência na área Tributária, e professor da UFPE. Durante a cerimônia de lançamento, Luciana Grassano receberá o título de Doutora pelo Reitor da UFPE, Amaro Lins, e entregará a ele o Relatório da Gestão “O Direito Passa Por Aqui”, referente às ações desenvolvidas pela direção da Faculdade de Direito do Recife no período de junho de 2007 a junho de 2009.
Bibliografia de Joaquim Cardozo
No dia 8 de junho foi, no auditório do Centro de Tecnologia e Geociências da UFPE, o livro Bibliografia de Joaquim Cardozo. Escrito por Maria do Carmo Pontes Lyra em parceria com Maria Valéria Baltar de Abreu Vasconcelos com o apoio da Proext, a obra é uma compilação de referências bibliográficas de todas as obras, escritos e projetos de Joaquim Cardozo encontrados pelas autoras em mais de vinte anos de pesquisa.
Participaram do evento o professor Zildo Caldas, diretor do Centro de Artes na época em que Cardozo doou sua biblioteca para a UFPE, a bibliotecária Lúcia Helena Cavalheira, que falará sobre o processo técnico de pesquisa envolvido na produção do livro, e a própria autora, Maria do Carmo, que compartilhará com o público sua trabalhosa experiência na criação da obra.
Nascido em Recife, Joaquim Cardozo foi um dos poetas e engenheiros mais destacados do Modernismo brasileiro, tendo trabalhado como calculista nas obras de Oscar Niemeyer, em Brasília e Belo Horizonte. Bibliotecária aposentada do CAC, Maria do Carmo se sentiu motivada a pesquisar as obras de Cardozo ao constatar que poucos engenheiros, mesmo os da capital do País, conhecem o seu nome. “Escandaliza-me que os estudantes recifenses tampouco saibam quem foi”, afirma, “a não ser pela biblioteca do CAC, que tem o seu nome.”
A autora compara o trabalho do bibliotecário com o do detetive. Ela precisou fazer inúmeros contatos e viajou várias vezes para Brasília, Belo Horizonte e Rio de Janeiro atrás de documentos de Joaquim Cardozo. Incluídas no livro estão as referências de poemas, discursos, obras teatrais, desenhos, correspondências e vários outros tipos de registro, produzidos pelo engenheiro ou sobre a sua obra. Maria do Carmo diz que o trabalho foi exaustivo, mas “muito gratificante”.
Intersecções – Ciência e Tecnologia, Literatura e Arte
A Editora Universitária da UFPE e o Instituto Cultural Ladjane Bandeira promoveram, nos dias 9, 10 e 11 de junho, das 9h às 17h, no auditório da Editora, o seminário de lançamento do livro "Intersecções – Ciência e Tecnologia, Literatura e Arte". O livro é uma coletânea de ensaios organizada pela professora Ermelinda Ferreira, da UFPE, que debate, entre outras, as obras de Joaquim Cardozo, André Carneiro e da pernambucana Ladjane Bandeira, esta última homenageada na ocasião pelos 10 anos de sua morte. Na abertura, houve recital poético com a atriz Geninha da Rosa Borges.
Ensaio Geral
No último dia 3 de junho, foi lançada a revista Ensaio Geral, da Escola de Teatro e Dança da Universidade Federal do Pará (UFPA) Publicada pela 1ª vez na década de 1980, a revista inaugura uma nova fase de publicações. A proposta é socializar as pesquisas desenvolvidas em artes cênicas na Amazônia. O lançamento acontece às 19h, na Escola de Teatro e Dança da UFPA.
Na edição de lançamento, a publicação traz pesquisas de 18 professores da Escola, ligadas às áreas de Teatro, Dança e Cenografia. “A revista será um importante veículo de registro, divulgação e fonte para outros estudos voltados à linguagem cênica na região”, completa Benedita Martins, uma das organizadoras do periódico e docente da Escola de Teatro e Dança.
A professora Benedita também ressalta a importância da revista na recente fase da ETDUFPA, quando novos cursos passaram a compor a grade da Escola. São eles: Licenciatura em Dança; Especialização em Estudos Contemporâneos do Corpo: Criação, Transmissão e Recepção, iniciados em 2008; Licenciatura em Teatro, em 2009 e outros.
Nos próximos números, a organização pretende reunir não apenas produções de docentes, mas também textos de alunos e contribuições de outras instituições. A ideia é reunir as reflexões sobre o cenário artístico na e para a Amazônia, dialogando com outras regiões, etnias e linguagens. Além disso, “incentivar e instigar os novos pesquisadores para se lançarem à lida diária do criar/fazer/pensar/divulgar, em um processo ininterrupto que é a produção de conhecimento”, afirma a organizadora da revista.
A revista Ensaio Geral foi criada na década de 1980 por um grupo de artistas e intelectuais que compunham o Serviço de Teatro da UFPA, em 1962. Entre eles, estão: Benedito Nunes, Maria Silvia Nunes, Cláudio Barradas e Alberto Bastos. “As publicações foram interrompidas por diversas razões, mas existem três exemplares preservados com textos importantes sobre teatro, na Biblioteca da Escola”, rememora Benedita Martins. Hoje, a revista conta com a participação de professoras, como Wlad Lima e Olinda Charone.
Etnofarmácia: fitoterapia popular e ciência farmacêutica
Ao menos uma vez na vida você já deve ter recorrido a um chá para curar uma gripe, uma dor ou um simples desconforto. Esse hábito é bastante comum na Amazônia, tão comum que despertou a atenção do professor Wagner Barbosa e de sua equipe e se tornou tema de um livro lançado no último dia 29 de maio no Restaurante Café com POEMA. Intitulada “Etnofarmácia: fitoterapia popular e ciência farmacêutica”, a obra aborda o uso de plantas medicinais a partir dos saberes das populações tradicionais regionais.
Se, para as populações regionais, o uso desses recursos naturais compõe o seu modo de vida, para o mundo, esses saberes constituem a base para o avanço da produção científica, por meio da Etnofarmácia – ciência interdisciplinar que investiga a percepção e o uso de remédios tradicionais, considerando o contexto cultural de seu uso. A Etnofarmácia está inserida no curso de Mestrado em Ciências Farmacêuticas, do Núcleo de Meio Ambiente – Numa/UFPA e engloba áreas como a prática farmacêutica e a farmácia clínica.
Além do professor Wagner, são autores da obra: Luciana Pinto, Wellington Barros da Silva, José Guilherme Fernandes e Orenzio Soler. O lançamento do livro começará com um debate entre os autores e momento de autógrafos. Haverá também a apresentação do Coral Flor de Lótus e outros artistas, seguido de um coquetel.
África Negra: histórias e civilizações
O livro editado pela Editora da Universidade Federal da Bahia, de Elikia M’Bokolo
é, sobretudo, um manual de história africana e aborda questões de história, de literatura e de lingüística, de ciências sociais e políticas, de direito e de economia. Além disso, possui uma arquitetura original, cronológica e temática, que devolve à África negra o significado global e dinâmico da sua história, revelando o interesse pelo futuro da África e sensibilidade aos problemas fundamentais do mundo contemporâneo.
O lançamento fez parte das atividades do I Seminário Áfricas: Historiografia Africana e Ensino de História que reuniu pesquisadores africanos e brasileiros, com o objetivo mais amplo de discutir quais são os novos caminhos da historiografia africana e o lugar da África na produção historiográfica contemporânea, assim como refletir que história da África está sendo ensinada tanto nas universidades brasileiras, quanto nas universidades africanas e quais os reflexos desse ensino no âmbito do sistema educacional brasileiro.
O Tutu da Bahia: transição conservadora e formação da nação 1830 – 1850
No último dia 9 de junho, foi lançado, no museu de arte sacra, o livro “O Tutu da Bahia", de Dilton Oliveira de Araújo O livro aborda a história política da Bahia no período de 1838 a 1850 revelando a trajetória posterior dos indivíduos que participaram das lutas rebeldes das décadas de 1820 e de 1830, com destaque para a Sabinada. Nessa perspectiva, a obra não se limitou aos principais revolucionários. Incidiu, também, sobre os líderes intermediários e inúmeros anônimos que, na luta por seus objetivos, controlaram o poder e, depois de derrotados, diluíram-se na história e nos discursos dos períodos subseqüentes.
O livro inova na temática e na abordagem quando revela que a tranqüilidade pública, que se seguiu após a revolta, mantinha constante medo e tensão política. Os rebeldes foram derrotados, mas não a idéia de rebeldia. Daí o “grande medo”, o “tutu da Bahia” que a todos apavora e que, no fundo, nos ajuda a compreender melhor o período. Sem dúvida, um livro novo e revelador.
Recursos Naturais das Caatingas: uma visão multidisciplinar
No último dia 5 de junho, no hall da Reitoria da UFRN, foi lançado o livro "Recursos Naturais das Caatingas: uma visão multidisciplinar", organizado pela professora Eliza Maria Xavier Freire, do Programa Regional de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Meio Ambiente – Prodema.
A professora Eliza Maria Xavier Freire é bióloga, mestre e doutora em Zoologia e, durante sua vida acadêmica, dedicou-se exclusivamente ao estudo dos répteis, sistemática e ecologia, com o objetivo maior de contribuir para a conservação das espécies e dos ecossistemas que estes habitam. Foi ainda uma das grandes articuladoras do Prodema.
A obra é produto da parceria de docentes, mestrandos e mestres, em torno do tema Semi-árido, sob uma perspectiva multidisciplinar e reúne artigos e publicações divididos em oito capítulos. As temáticas abordam desde a diversidade florística do Seridó potiguar, passando por discussões sobre insetos e vetores de doenças no Semi-árido do Seridó, até o estudo experimental dos fluxos de calor na região da Caatinga.
Publicado pela EDUFRN, o livro constitui um desafio para o desenvolvimento de consolidação do PRODEMA, enquanto ferramenta formadora de recursos humanos. “Os desafios estão postos; esta obra é um exemplo de que quando sonhamos juntos é o começo da realidade”, afirma a professora Eliza.
Favela e mercado informal: a nova porta de entrada dos pobres nas cidades brasileiras
Um dinâmico mercado de compra, venda e aluguel de imóveis é responsável pela ampliação e adensamento de favelas e loteamentos irregulares nas principais metrópoles brasileiras. Esse mercado apresenta indicadores de crescimento similares aos do mercado formal e tem um forte traço de locação. “Seu funcionamento operacionaliza o acesso de famílias de baixa renda em áreas consolidadas das grandes metrópoles latino-americanas”, analisa o professor Pedro Abramo, organizador do livro ´Favela e mercado informal: a nova porta de entrada dos pobres nas cidades brasileiras`.
Organizada em 11 capítulos, a obra traz resultados do projeto ´Mercados Informais de Solo Urbano nas Cidades Brasileiras e Acesso dos Pobres ao Solo`, apoiado pelo Programa de Tecnologia de Habitação (Programa Habitare), da Finep. A Rede Infosolo possibilitou a realização de estudos em áreas de pobreza nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Recife, Florianópolis, Salvador, Brasília e Belém. A pesquisa foi coordenada pelo Observatório Imobiliário e de Políticas do Solo (IPPUR), da UFRJ, e contou com a participação de equipes da UFPA, UFPE, UFBA, USP, UnB, UFSC e UFRGS.
O trabalho permitiu o levantamento de dados primários que revelam aspectos como condições das moradias, origem das famílias, renda familiar, inserção no mercado de trabalho, preços médios de compra e de venda, valor dos aluguéis, sistemática de comercialização e locação, fatores de atração e de repulsão na escolha da moradia. O estudo foi realizado durante dois anos, com a colaboração de associações de moradores e líderes comunitários, fundamentais para entrada dos pesquisadores nas favelas. Com camisetas e bonés do projeto Infosolo, o que garantia a identificação, entrevistadores da própria comunidade e estudantes de arquitetura, engenharia, geociências, história e serviço social buscaram os dados a partir de um questionário com mais de cem perguntas. Os relatórios finais de cada uma das capitais estão disponibilizados no site do Programa Habitare (http://www.habitare.org.br/projetos_relatorios.aspx). Os artigos que integram o novo livro fazem uma síntese e análise de alguns dos principais resultados destes estudos.
A obra foi lançada dentro da série Coleção Habitare, direcionada à divulgação das pesquisas apoiadas pelo Programa Habitare, e em breve disponibilizada para download gratuito no site www.habitare.org.br. Uma versão digital preliminar será apresentada durante o XIII Encontro Nacional da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Planejamento Urbano e Regional (ENAnpur).
De acordo com Pedro Abramo, o trabalho de levantamento de dados nas favelas permitiu a consolidação de um banco de dados com dimensão nacional sobre o mercado informal de solo e a mobilidade residencial em assentamentos populares. A experiência foi ampliada e o livro apresenta também estudos sobre Buenos Aires e Bogotá, onde foram utilizados os mesmos critérios metodológicos que a Rede Infosolo empregou no Brasil.
“Em uma palavra, as cidades do continente são verdadeiros territórios da desigualdade”, sintetiza Pedro Abramo. “Em relação a essa desigualdade estrutural latino-americana, estamos seguros que a sua superação passa por identificar e caracterizar de forma ampla a demanda popular de solo urbano”, alerta.
Segundo ele, estudos que contribuam para definir uma “taxonomia” dos vários processos de produção dos assentamentos populares e uma tipologia dos agentes, estratégias e racionalidades que intervém nesses processos são fundamentais para entendimento de sua lógica e para a formulação de políticas públicas.
“A publicação desse livro abre novos horizontes para o entendimento das estratégias populares de construção e reprodução das cidades populares nas metrópoles brasileiras”, considera o professor. A expectativa é de os resultados instrumentalizem o poder público e a sociedade civil na construção de cidades mais equalitárias e democráticas.