O Conselho Pleno da Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) reuniu-se com o ministro da Educação Fernando Haddad na tarde desta terça-feira (23/03) na sede do MEC, em Brasília. O encontro teve o objetivo de discutir e avaliar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e também contou com a presença da secretária de Educação Superior Maria Paula Dallari Bucci e do presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão responsável pela elaboração do exame, Joaquim Soares Neto.
O presidente do Inep explicou os novos procedimentos para a realização da próxima edição do Enem. “O dever de casa do Inep para 2010 chama-se segurança”, afirmou Joaquim Soares. Segundo ele, o Instituto vai contratar uma gráfica de segurança máxima, por meio de licitação. Além disso, a aplicação do exame terá o apoio dos Correios, que está montando uma estrutura para distribuição de todas as avaliações aplicadas pelo Inep e da polícia do Exército, que fará a escolta das provas. Joaquim Soares afirmou ainda que toda a estrutura de contratações já foi discutida com o Tribunal de Contas da União (TCU), para que haja segurança jurídica.
A Edição 2010 do Enem deve começar a receber inscrições nos meses de junho e julho e a prova realizada nos dias 6 e 7 de novembro. O resultado está previsto para sair no dia 6 de janeiro. A partir daí, as notas passam para a base do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Antes disso, o Sisu ainda deve rodar uma vez, para as universidades que quiserem preencher vagas de meio de ano.
Os reitores relataram experiências com a realização do Enem e a utilização da nota do exame como critério seletivo em suas universidades. O ministro Fernando Haddad afirmou a intenção de continuar o debate sobre o processo seletivo. “Vejo gente propondo coisas, mas não que volte ao status anterior. Acho muito difícil pensar o Brasil em 2008. Pra trás não vai, como vai para frente é o que estamos discutindo”, defendeu Haddad. O presidente da Andifes Alan Barbiero falou da importância do espaço para diálogo com o MEC, para a avaliação do exame. “É preciso fazer uma avaliação política, pedagógica e operacional”, resumiu o reitor Alan Barbiero.