O MEC (Ministério da Educação) criticou, em nota, o novo cálculo do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) no que diz respeito à educação. O índice do Brasil caiu de 0,833 para 0,699 entre 2009 e 2010 mas, segundo o MEC, os resultados não são comparáveis porque houve mudanças na metodologia. O IDH varia de 0 a 1 e, quanto mais próximo de 1, maior o nível de desenvolvimento humano. Ao passar a considerar a escolarização de pessoas com mais de 25 anos como um dos critérios, o cálculo do IDH prejudicou países que começaram a investir pesado em políticas educacionais mais recentemente, caso do Brasil, segundo o MEC.
“Considerado o grupo com mais de 25 anos de idade, cresce o peso do passivo educacional dos países menos desenvolvidos – refere-se a pessoas já adultas que não tiveram oportunidade de escolarização no passado. Essa contagem pune, em termos de índice, os países que construíram políticas sociais e educacionais nos últimos dez anos”, diz o ministério. O MEC ainda questiona as fontes e datas utilizadas pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) – que calcula o IDH. “O recente relatório apresenta variação de fontes de informação e períodos de referência que nem sempre coincidem com as referências dos dados oficiais, no caso do Brasil”. De acordo com o governo, em oito anos, a taxa de escolaridade média de pessoas acima de 25 anos cresceu 25%, mas o aumento não foi considerado no cálculo do IDH.