Livro de professora da UFMG sugere práticas para incluir pessoas com deficiência
Agência de Notícias da UFMG
Uma forma eficaz para incluir socialmente pessoas com deficiência física é inseri-las em escolas e ambientes ditos comuns. A medida amplia os horizontes, questiona antigos conceitos e representações e modifica as interações até então estabelecidas. Esse ponto de vista é defendido no recém-lançado Educação inclusiva: indagações e ações na área da educação e saúde, escrito pela professora Priscila Augusta Lima, da Faculdade de Educação da UFMG. Na obra, a professora propõe orientações para incluir portadores de deficiência sensorial, como cegos e surdos, deficiência mental, física ou autismo.
Entre essas medidas, ela sugere a implantação de instrumentos de acessibilidade física em todos os ambientes – medida requerida por lei -, propõe ações para efetivação das políticas educacionais, modificações no espaço para inclusão de pessoas cegas e instruções especiais a professores e médicos, que, segundo Priscila Lima, têm papel fundamental no processo inclusivo. “O direito à saúde e a adaptação em sala de aula dependem da atuação desses profissionais”, afirma a professora.
Segundo ela, esses profissionais devem ser preparados para lidar com a deficiência por meio de cursos de especialização e disciplinas na área. “Alguns médicos preferem direcionar pacientes com deficiência a outros profissionais. Entretanto, não é preciso aprender braile ou libras. Às vezes, basta apenas ler a receita para o paciente cego escrever em braile ou se comunicar por escrito caso ele seja surdo”, exemplifica.
Pesquisa
O livro Educação inclusiva é desdobramento de pesquisas feitas pelo Grupo de Estudos de Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais (Geine), coordenado pela professora Priscila Lima. Criado em 2002, o grupo realiza pesquisas sobre a inclusão de pessoas com necessidades especiais na escola e no trabalho. Para tanto, mantém contato com instituições especializadas, escolas comuns e especiais e diversas pessoas com necessidades especiais. O grupo recebe alunos de todos os cursos que queiram desenvolver trabalhos, teses e pesquisas na área, possui banco de dados sobre a produção da Universidade em torno do assunto e realiza oficinas de braile e libras com pessoas cegas e surdas.
Solidariedade
A autora afirma que encaminhar uma criança com deficiência para uma sala de aula comum em vez de simplesmente matriculá-la em uma escola especial pode ter grande efeito prático sobre as relações interpessoais e sociais, metodologias de ensino, práticas escolares e até sobre o espaço físico. “As crianças se tornam mais solidárias e aceitam melhor as diferenças”, explica Priscila, ao lembrar que, durante a convivência com um portador de deficiência em um ambiente comum, as crianças começam a perceber que não se trata de pessoas incapazes. “Elas se aproximam, se relacionam e passam a compreender melhor as diferenças e as possibilidades de cada um”, acrescenta.
Priscila Augusta Lima é psicóloga, mestre em Educação pela UFMG e doutora em Educação pela USP. Na Faculdade de Educação, é responsável pela estruturação do Grupo de Estudos de Educação Inclusiva e Necessidades Educacionais Especiais (Geine), que desenvolve pesquisas na área de inclusão social. É professora da disciplina Fundamentos da Educação Inclusiva e Educação Especial e Psicologia da Educação.
Educação inclusiva: indagações e ações nas áreas da Educação e da Saúde foi publicado pela Editora Avercamp e custa R$ 37.
Mais informações no site da editora http://www.avercamp.com.br/
Professoras do curso de Jornalismo lançam livro em Mariana
As professoras Marta Maia e Nair Prata, do curso de Comunicação Social – Jornalismo, lançam nesta quinta-feira, dia 2 de novembro, a partir das 22h, no Scoth e Art Bar em Mariana, o livro “Na trilha do disco: relatos sobre a indústria fonográfica do Brasil”. Os textos desta publicação foram produzidos por membros do Núcleo de Pesquisa de Rádio e Mídia Sonora da Intercom, Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação.
Embora exista um volume bastante razoável de obras enfocando artistas e gêneros da música popular, o tema da indústria fonográfica, ou seja, das condições materiais que foram determinantes para a gravação, divulgação e distribuição de suas obras, ainda é pouco explorado. Um trabalho coletivo, como o lançado, é uma iniciativa ainda inédita no país e os temas escolhidos pelos diferentes autores oferecem um cenário bastante abrangente, tratando de aspectos como história, características regionais, distribuição, divulgação e perspectivas da indústria.
O selo paulistano Evocação, analisado por Marta Maia, ilustra as possibilidades para a ação individual abertas pelo uso das novas tecnologias digitais, que permitiram a um aficcionado recuperar e distribuir as gravações originais de seus grandes ídolos. O texto de Nair Prata, Ângela de Moura, Sonia Pessoa, Waldiane Fialho e Wanir Campelo dão conta da grande segmentação regional da indústria, oferecendo um panorama atualizado da cena de Minas Gerais.
As autoras também estão lançam o e-book: “E o rádio? Novos horizontes midiáticos”, mais um dos resultados das discussões do Grupo de Pesquisas da Intercom. O livro pode ser conferido no link: http://www.pucrs.br/edipucrs/eoradio.pdf .
Na oportunidade, Nair Prata também lança o livro “Webradio: novos gêneros, novas formas de interação”, também publicado este ano, pela Editora Insular.
O Scoth e Art, Bar fica na Praça Minas Gerais, nº 57, centro.